Dia 07 de março – Sexta-feira depois das Cinzas
Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com as Lideranças
Evangelho segundo S. Mateus 9,14-15:
Naquele tempo, os discípulos de João Batista foram ter com Jesus e perguntaram-Lhe: «Porque é que nós e os fariseus jejuamos e os teus discípulos não jejuam?»
Jesus respondeu-lhes: «Porventura podem os convidados para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, virão dias em que lhes será tirado o esposo e, então, jejuarão.»
Comentário do dia
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Audiência geral de 21/03/1979 (trad. copyright Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Então, jejuarão»
«Porque não jejuam os teus discípulos?» Jesus respondeu: «Porventura podem os companheiros para as núpcias estar tristes, enquanto o esposo está com eles? Porém, virão dias em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão.» Na verdade, o tempo da Quaresma recorda-nos que o esposo nos foi tirado. Tirado, detido, preso, esbofeteado, flagelado, coroado de espinhos e crucificado. O jejum no tempo da Quaresma é a expressão da nossa solidariedade com Cristo. […] «O meu amor foi crucificado e já não há em mim a chama que deseja as coisas materiais», escreve o Bispo de Antioquia, Inácio, na sua carta aos Romanos (VII, 2).
O alimento e as bebidas são indispensáveis para o homem viver; deles se serve e deve servir-se, mas não lhe é lícito abusar deles seja da forma que for. A tradicional abstenção do alimento e das bebidas tem como finalidade introduzir na existência do homem, não só o equilíbrio necessário, mas também o desprendimento daquilo que poderia definir-se como uma atitude consumista. Tal atitude tornou-se nos nossos tempos uma das características da civilização, e em particular da civilização ocidental. […] O homem orientado para os bens materiais […] muitas vezes abusa deles.
Não se trata aqui unicamente do alimento e das bebidas. Quando o homem está orientado exclusivamente para a posse e o uso dos bens materiais, isto é, das coisas, então também toda a civilização é medida segundo a quantidade e qualidade das coisas que se encontra capaz de fornecer ao homem, e não se mede com a medida adequada ao homem. Com efeito, esta civilização fornece os bens materiais não só para servirem o homem no exercício das suas atividades criativas e úteis, mas cada vez mais para satisfazerem os sentidos, a excitação que daí deriva, o prazer momentâneo e a multiplicidade cada vez maior de sensações. […] O homem contemporâneo deve jejuar, isto é, abster-se não só do alimento ou das bebidas, mas de muitos outros meios de consumo, da estimulação e da satisfação dos sentidos. Jejuar significa abster-se, renunciar a alguma coisa.
Neste mês, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Universal – Direitos da mulher
Para que todas as culturas respeitem os direitos e a dignidade da mulher.
Pela Evangelização – Jovens evangelizadores
Para que muitos jovens acolham o convite do Senhor a consagrar a vida ao anúncio do Evangelho.