33º Domingo do Tempo Comum – 18 de Novembro de 2017 – Cor: Verde
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª leitura
Nesse tempo, teu povo será salvo.
Leitura da Profecia de Daniel 12,1-3:
1 Naquele tempo, se levantará Miguel,
o grande príncipe,
defensor dos filhos de teu povo;
e será um tempo de angústia,
como nunca houve até então,
desde que começaram a existir nações.
Mas, nesse tempo, teu povo será salvo,
todos os que se acharem inscritos no Livro.
2 Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão,
uns para a vida eterna,
outros para o opróbrio eterno.
3 Mas os que tiverem sido sábios,
brilharão como o firmamento;
e os que tiverem ensinado a muitos homens
os caminhos da virtude,
brilharão como as estrelas,
por toda a eternidade.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 15,5.8.9-10.11 (R.1a)
R. Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
5 Ó Senhor, sois minha herança e minha taça,*
meu destino está seguro em vossas mãos!
8 Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,*
pois se o tenho a meu lado não vacilo.R.
9 Eis por que meu coração está em festa,
minha alma rejubila de alegria,*
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
10 pois não haveis de me deixar entregue à morte,*
nem vosso amigo conhecer a corrupção.R.
11 Vós me ensinais vosso caminho para a vida;
junto a vós, felicidade sem limites,*
delícia eterna e alegria ao vosso lado! R.
2ª Leitura – Hb 10,11-14.18
Com esta única oferenda, levou à perfeição
definitiva os que ele santifica.
Leitura da Carta aos Hebreus 10,11-14.18:
11 Todo sacerdote se apresenta diariamente
para celebrar o culto,
oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios,
incapazes de apagar os pecados.
12 Cristo, ao contrário,
depois de ter oferecido um sacrifício único pelos
pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus.
13 Não lhe resta mais senão esperar
até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés.
14 De fato, com esta única oferenda,
levou à perfeição definitiva os que ele santifica.
18 Ora, onde existe o perdão,
já não se faz oferenda pelo pecado.
Palavra do Senhor.
Evangelho – Mc 13,24-32
Ele reunirá os eleitos de Deus, de
uma extremidade à outra da terra.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 13,24-32:
Naquele tempo:
Jesus disse a seus discípulos:
24 ‘Naqueles dias, depois da grande tribulação,
o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais,
25 as estrelas começarão a cair do céu
e as forças do céu serão abaladas.
26 Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens
com grande poder e glória.
27 Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra
e reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.
28 Aprendei, pois, da figueira esta parábola:
quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar,
sabeis que o verão está perto.
29 Assim também, quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo,
às portas.
30 Em verdade vos digo,
esta geração não passará até que tudo isto aconteça.
31 O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não passarão.
32 Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe,
nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Origenes (c. 185-253)
presbítero, teólogo
Homilias sobre o Livro de Josué, 16, 3
«Então, hão de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória»
«[O Senhor disse a Josué:] Há ainda muita terra por conquistar» (Js 13,1). […] Considerai a primeira vinda de Nosso Senhor, o Salvador, quando veio a este mundo semear a Palavra; pela simples força da sua sementeira, apoderou-Se de toda a terra, pondo em fuga as potências adversas e os anjos rebeldes que dominavam o espírito das nações, ao mesmo tempo que semeava a sua Palavra e expandia a sua Igreja. Assim foi a sua primeira tomada de posse de toda a terra. Segui-me agora […] pelas veredas subtis da Escritura e mostrar-vos-ei em que consiste a segunda conquista de uma terra sobre a qual foi dito a Josué/Jesus que faltava ainda conquistar uma grande parte.
Escutai as palavras de Paulo: «É necessário que Ele reine até que tenha feito de todos os inimigos um estrado para os seus pés» (1Cor 15,25; Sl 109,1). É essa a terra da qual faltava submeter uma grande parte a seus pés, de modo que Ele tomasse para Si todos os povos como herança. […] E vemos que há muitas coisas que não estão ainda submetidas aos pés de Jesus; ora, é preciso que Ele entre na posse de todas elas, uma vez que o fim do mundo não poderá advir sem que tudo Lhe tenha sido submetido.
Assim, diz o profeta: «Todas as nações Lhe serão submetidas, das extremidades dos rios até às extremidades da terra, e diante d’Ele se prostrarão os etíopes» (Sl 71,8-9, Setenta); e também: «Do outro lado dos rios da Etiópia hão de trazer-Lhe ofertas» (Sof 3,10). Daqui resulta que, na sua segunda vinda, Jesus dominará esta terra da qual muito resta por possuir.
Mas bem-aventurados aqueles que tiverem sido seus súditos desde a primeira vinda, pois serão verdadeiramente cumulados de favores, mau grado a resistência de tantos inimigos e os ataques de tantos adversários, e receberão […] a sua parte da Terra Prometida. Mas quando, pela força, for alcançada a submissão, no dia em que necessariamente for destruído o último inimigo, que é a morte (1Cor 15,26), não haverá favores para aqueles que recusarem submeter-se-Lhe.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguinte intenção:
Universal: Ao serviço da paz
Para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.