Campanha da Evangelização
Criada em 1997, durante a Assembleia Geral da CNBB, e iniciada em 1998, a Campanha tem como objetivo favorecer a vivência do tempo litúrgico do Advento e mobilizar a todos para uma Coleta Nacional que ofereça recursos a serem aplicados na sustentação do trabalho missionário no Brasil. Tal iniciativa considera a ajuda para dioceses de regiões mais desassistidas e necessitadas.
O objetivo da Campanha é despertar os discípulos e as discípulas missionários para o compromisso evangelizador e para a responsabilidade pela sustentação das atividades pastorais no Brasil.
A abertura da CE é realizada na Festa do Cristo Rei, encerramento do Ano Litúrgico, este ano, dia 20 de novembro. A conclusão acontece no terceiro domingo do Advento, dia 11 de dezembro, quando deve ser realizada, em todas as comunidades católicas.
Sábado da 2ª Semana do Advento – 15 de Dezembro de 2018 – Cor: Roxo
1ª Leitura – Eclo 48,1-4.9-11:
Elias virá.
Leitura do Livro do Eclesiástico 48,1-4.9-11:
Naqueles dias:
1 O profeta Elias surgiu como um fogo,
e sua palavra queimava como uma tocha.
2 Fez vir a fome sobre eles
e, no seu zelo, reduziu-os a pouca gente.
3 Pela palavra do Senhor fechou o céu
e de lá fez cair fogo por três vezes.
4 Ó Elias, como te tornaste glorioso por teus prodígios!
Quem poderia gloriar-se de ser semelhante a ti?
9 Tu foste arrebatado num turbilhão de fogo,
num carro de cavalos também de fogo,
10 tu, nas ameaças para os tempos futuros,
foste designado para acalmar a ira do Senhor antes do furor,
para reconduzir o coração do pai ao filho,
e restabelecer as tribos de Jacó.
11 Felizes os que te viram,
e os que adormeceram na tua amizade!
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 79 (80), 2ac.3b. 15-16. 18-19 (R.4)
R. Convertei-nos, ó Senhor,
resplandecei a vossa face e nós seremos salvos!
2a Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos.*
2c Vós que sobre os querubins vos assentais.
3b Despertai vosso poder, ó nosso Deus*
e vinde logo nos trazer a salvação! R.
15 Voltai-vos para nós, Deus do universo!+
Olhai dos altos céus e observai.*
Visitai a vossa vinha e protegei-a!
16 Foi a vossa mão direita que a plantou;*
protegei-a, e ao rebento que firmastes! R.
18 Pousai a mão por sobre o vosso Protegido,*
o filho do homem que escolhestes para vós!
19 E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus!*
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome! R.
Evangelho – Mt 17,10-13
Elias já veio, mas não o reconheceram.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 17,10-13:
Ao descerem do monte,
10 os discípulos perguntaram a Jesus:
‘Por que os mestres da Lei dizem
que Elias deve vir primeiro?’
11 Jesus respondeu:
‘Elias vem e colocará tudo em ordem.
12 Ora, eu vos digo: Elias já veio,
mas eles não o reconheceram.
Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram.
Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.’
13 Então os discípulos compreenderam
que Jesus lhes falava de João Batista.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Santo Efrém (c. 306-373)
diácono da Síria, doutor da Igreja
Obras, tomo I
Elias no Monte Horeb
«”Eis que o Senhor vai passar.” Nesse momento, passou diante dele um vento impetuoso e violento, que fendia as montanhas e quebrava os rochedos, mas o Senhor não estava naquele vento» (1Rs 19,11). Após o furacão, ocorreram tremores de terra e relâmpagos; Elias percebeu que Deus também não estava ali. O objetivo destes fenômenos era conter o zelo, aliás louvável, do profeta nos limites da sua responsabilidade, e ensinar-lhe, a exemplo dos sinais da autoridade divina, que a severidade devia ser temperada com a misericórdia.
De acordo com o sentido oculto, os turbilhões de vento, os tremores de terra e os incêndios ateados pelos ventos que precederam a vinda de Deus eram sinais precursores do juízo universal. […] «Após o fogo, ouviu-se um murmúrio». Através deste símbolo, Deus refreia o zelo imoderado de Elias. Com isto quer dizer-lhe: «Vês que os ventos impetuosos não Me agradam, nem os terríveis tremores de terra, e que também não gosto dos relâmpagos e dos raios: porque não imitas a suavidade do teu Deus? Porque não abrandas um pouco esse zelo que te consome, a fim de te tornares protetor dos homens do teu povo, em vez de seres seu acusador?»
O doce murmúrio representa a alegria da vida bem aventurada que será dada aos justos quando, no fim dos tempos, tiver lugar o temível juízo final. […] «Após ter escutado este murmúrio, Elias cobriu o rosto com o manto, saiu e ficou de pé à entrada da gruta; e eis que uma voz lhe falou: “Elias, que fazes aqui?” Ele respondeu: “Sinto um zelo ardente pelo meu Senhor, o Deus dos exércitos, pois os filhos de Israel abandonaram a tua aliança”.» O profeta manteve-se à entrada da gruta, sem ousar aproximar-se de Deus que chegava, e cobriu o rosto, pensando que não era digno de ver Deus. […]
No entanto, tinha perante os seus olhos um sinal da clemência divina e, fato que devia tê-lo tocado ainda mais, passava pessoalmente pela experiência da bondade maravilhosa de Deus nas palavras que Ele lhe dirigia. Pois quem não ficaria seduzido pela benevolência de tão grande majestade, por pergunta tão mansa: «Elias, que fazes aqui?»
Neste mês de dezembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Ao serviço da transmissão da fé
Para que as pessoas comprometidas com o serviço da transmissão da fé encontrem uma linguagem adaptada aos nossos dias no diálogo com as culturas.