Dia 20 de agosto de 2017 – Festa da Assunção Maria
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Lucas 1,39-56:
Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamente para a montanha, em direção a uma cidade de Judá.
Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel.
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espírito Santo
e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.
Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?
Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio.
Bem-aventurada aquela que acreditou no cumprimento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor».
Maria disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.
O Todo-poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia,
como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência para sempre».
Maria ficou junto de Isabel cerca de três meses e depois regressou a sua casa.
Comentário do dia
São Germano de Constantinopla (?-733), bispo
Homilia 1 para a Dormição da Mãe de Deus; PG 98, 346
«Elevada à glória celeste em corpo e alma» (Oração coleta da festa)
Mãe de Deus, templo vivo da divindade santíssima do teu Filho único, em ação de graças o repito: a tua assunção em nada te afastou dos cristãos. Tu vives imperecível, mas não estás longe deste mundo perecível. Pelo contrário, estás próxima de quantos te invocam e quem te procura com fé encontra-te. Convinha que o teu espírito permanecesse sempre forte e vivo e que o teu corpo fosse imortal. Com efeito, como poderia a corrupção da carne reduzir-te a cinzas e a pó, a ti, que livraste o Homem do fracasso da morte pela incarnação do teu Filho? […]
Uma criança procura e deseja a sua mãe e a mãe gosta de viver com o seu filho. Da mesma forma, visto que tinhas no teu coração um amor maternal por teu Filho e teu Deus, tinhas naturalmente de poder regressar para junto dele. E Deus, devido ao seu amor filial para contigo, devia, com toda a justiça, permitir-te partilhar da sua condição. Assim, morta para as coisas perecíveis, emigraste para as moradas imperecíveis da eternidade, onde reside Deus, cuja vida agora partilhas. […]
O teu corpo foi sua morada, e neste dia foi Ele que, por sua vez, Se tornou o local do teu repouso. «Este será para sempre o meu lugar de repouso» dizia (Sl 132,14). Este espaço de repouso é a carne que de ti tomou e de que Se revestiu, Mãe de Deus, a carne na qual acreditamos que Se mostrou no mundo presente e que Se manifestará no mundo futuro, quando vier julgar os vivos e os mortos. Visto seres a morada do seu repouso eterno, retirou-te da corrupção e levou-te consigo, querendo guardar-te na sua presença com o seu afeto. É por isso que Ele te concede tudo quanto Lhe pedes, como a mãe ciosa de seus filhos. Eternamente bendito, tudo quanto desejas Ele o realiza com a sua divina omnipotência.
Neste mês de agosto, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Pelos artistas do nosso tempo, para que, através das obras do seu engenho, ajudem todas as pessoas a descobrir a beleza da criação.