Dia 24 de junho de 2018 – Natividade de São João Batista – Solenidade – Cor: Branco
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
1ª Leitura – Is 49,1-6
Eu te farei luz das nações, para que
minha salvação chegue até aos confins da terra.
(2º canto do Servo do Senhor)
Leitura do Livro do Profeta Isaías 49,1-6
Nações marinhas, ouvi-me, povos distantes, prestai atenção:
o Senhor chamou-me antes de eu nascer,
desde o ventre de minha mãe
ele tinha na mente o meu nome;
fez de minha palavra uma espada afiada,
protegeu-me à sombra de sua mão
e fez de mim uma flecha aguçada,
escondida em sua aljava,
e disse-me: ‘Tu és o meu Servo,
Israel, em quem serei glorificado’.
E eu disse: ‘Trabalhei em vão,
gastei minhas forças sem fruto, inutilmente;
entretanto o Senhor me fará justiça
e o meu Deus me dará recompensa’.
E agora diz-me o Senhor
– ele que me preparou desde o nascimento
para ser seu Servo – que eu recupere Jacó para ele
e faça Israel unir-se a ele;
aos olhos do Senhor esta é a minha glória.
Disse ele: ‘Não basta seres meu Servo
para restaurar as tribos de Jacó
e reconduzir os remanescentes de Israel:
eu te farei luz das nações,
para que minha salvação
chegue até aos confins da terra’.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 138(139),1-3.13-14ab.14c-15 (R. 14a)
R. Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor,
porque de modo admirável me formastes!
Senhor, vós me sondais e conheceis, +
sabeis quando me sento ou me levanto; *
de longe penetrais meus pensamentos;
percebeis quando me deito e quando eu ando, *
os meus caminhos vos são todos conhecidos. R.
Fostes vós que me formastes as entranhas, *
e no seio de minha mãe vós me tecestes.
Eu vos louvo e vos dou graças, ó Senhor, *
porque de modo admirável me formastes! R.
Até o mais íntimo, Senhor me conheceis; *
nenhuma sequer de minhas fibras ignoráveis,
quando eu era modelado ocultamente, *
era formado nas entranhas subterrâneas. R
2ª Leitura – At 13,22-26
Antes que Jesus chegasse,
João pregou um batismo de conversão.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 13,22-26
Naqueles dias, Paulo disse:
Deus fez surgir Davi como rei
e assim testemunhou a seu respeito:
‘Encontrei Davi, filho de Jessé,
homem segundo o meu coração,
que vai fazer em tudo a minha vontade’.
Conforme prometera, da descendência de Davi
Deus fez surgir para Israel um Salvador,
que é Jesus.
Antes que ele chegasse,
João pregou um batismo de conversão
para todo o povo de Israel.
Estando para terminar sua missão, João declarou:
‘Eu não sou aquele que pensais que eu seja!
Mas vede: depois de mim vem aquele,
do qual nem mereço desamarrar as sandálias’.
Irmãos, descendentes de Abraão,
e todos vós que temeis a Deus,
a nós foi enviada esta mensagem de salvação.
Palavra do Senhor.
Evangelho – Lc 1,57-66
Nascimento de João Batista.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,57-66
Completou-se o tempo da gravidez de Isabel,
e ela deu à luz um filho.
Os vizinhos e parentes ouviram dizer
como o Senhor tinha sido misericordioso
para com Isabel, e alegraram-se com ela.
No oitavo dia, foram circuncidar o menino,
e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias.
A mãe porém disse:
‘Não! Ele vai chamar-se João.’
Os outros disseram:
‘Não existe nenhum parente teu com esse nome!’
Então fizeram sinais ao pai,
perguntando como ele queria que o menino se chamasse.
Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu:
‘João é o seu nome.’
No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu,
sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.
Todos os vizinhos ficaram com medo,
e a notícia espalhou-se
por toda a região montanhosa da Judéia.
E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando:
‘O que virá a ser este menino?’
De fato, a mão do Senhor estava com ele.
Palavra da Salvação.
Meditando a Palavra
João Batista era uma pessoa que exercia um fascínio e um magnetismo pelo seu estilo de vida diferente de todos os demais, radical em sua adesão a Deus; despertava interrogação de todos, contudo era sincero, humilde e com a convicção de que era somente testemunha da verdadeira Luz, Cristo. João não se deixava sucumbir à vaidade de se dar importância a si mesmo com admirações e aplausos, era imune às críticas, pois sabia perfeitamente bem que estava respondendo a um chamado para viver seu ministério e vocação profética. Para João o mais importante e quem deveria aparecer era o Messias, e não ele próprio. Toda a pregação de João Batista era condensada em uma só´palavra: “conversão”. Mudem de vida porque o Messias já chegou. Todas s pessoas que ouviam o apelo de João pela fé e não somente pela razão passaram por uma mudança de vida; abriram seu coração para a chegada do Messias; mas aqueles que filtraram suas palavras por sua lógica e razão, não aceitaram a boa nova de Deus, não se deixaram atingir pela graça, Jesus Cristo.
Comentário do dia
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Sermão 289, 3.º para a Natividade de João Baptista
«Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30)
O maior dos homens foi enviado para dar testemunho daquele que era mais que um homem. Com efeito quando aquele que «é o maior de entre os nascidos de mulher» (cf Mt 11,11) diz: «Eu não sou o Messias» (Jo 1,20) e se humilha face a Cristo, temos de entender que Cristo não é apenas um homem. […] «Sim, todos nós participamos da sua plenitude, recebendo graça sobre graça» (Jo 1,16). Que quer dizer «todos nós»? Quer dizer os patriarcas, os profetas e os santos apóstolos, aqueles que precederam a encarnação ou que foram enviados depois pelo próprio Verbo encarnado, «todos nós participamos da sua plenitude». Nós somos recipientes, ele é a fonte. Portanto […], João é homem, Cristo é Deus: é preciso que o homem se humilhe, para que Deus seja exaltado.
Foi para ensinar o homem a humilhar-se que João nasceu no dia a partir do qual os dias começam a decrescer; para nos mostrar que Deus deve ser exaltado, Jesus Cristo nasceu no dia em que os dias começam a aumentar. Há aqui um ensinamento profundamente misterioso. Nós celebramos a natividade de João como celebramos a de Cristo, porque essa natividade está cheia de mistério. De que mistério? Do mistério da nossa grandeza. Diminuamo-nos em nós próprios para podermos crescer em Deus; humilhemo-nos na nossa baixeza, para sermos exaltados na sua grandeza.
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: As redes sociais
Para que as redes sociais favoreçam a solidariedade e o respeito pelo outro na sua diferença.