“Eis a tua mãe” (Jo 19,27) – Rupert de Deutz, monge beneditino

 

Leituras Bíblicas
15 de setembro de 2009
Nossa Senhora das Dores – memória
 
 

Carta aos Hebreus 5,7-9:

Nos dias da sua vida terrena, apresentou orações e súplicas Àquele que o podia salvar da morte, com grande clamor e lágrimas, e foi atendido por causa da sua piedade. Apesar de ser Filho de Deus, aprendeu a obediência por aquilo que sofreu e, tornado perfeito, tornou-se para todos os que lhe obedecem fonte de salvação eterna.

Livro de Salmos 31(30),2-6.15-16.20:

Em ti, SENHOR, me refugio; que eu nunca seja confundido. Salva-me pela tua justiça.
Inclina para mim os teus ouvidos; apressa te a libertar-me. Sê para mim uma rocha de refúgio, uma fortaleza que me salve.
Tu és o meu rochedo e a minha fortaleza; por amor do teu nome, guia me e conduz me.
Livra-me da cilada que me armaram, porque tu és o meu refúgio.
Nas tuas mãos entrego o meu espírito; SENHOR, Deus fiel, salva-me.
Mas eu confio em ti, SENHOR; e digo: "Tu és o meu Deus.
O meu destino está nas tuas mãos; livra-me dos meus inimigos e perseguidores.
Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.

Evangelho segundo S. João 19,25-27

Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.

Comentário ao Evangelho do dia feito por :

Rupert de Deutz (c. 1075-1130), monge beneditino
Comentário sobre o Evangelho de João, 13; PL 169, 789 (a partir da trad. Tournay rev.)
 

«Eis a tua mãe!»

«Mulher, eis o teu filho!» «Eis a tua mãe!» Com que direito passa o discípulo que Jesus amava a ser filho da Mãe do Senhor? Com que direito é Ela sua Mãe? É que Aquela que trouxera ao mundo, então de forma indolor, a causa da salvação de todos, ao dar à luz na carne o Deus feito homem, é com enorme dor que agora dá à luz, de pé junto à cruz.

Na hora da sua paixão, o Senhor tinha comparado os seus apóstolos a uma mulher que dá à luz, ao dizer: «A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz o menino, já se não lembra da aflição, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem» (Jo 16,21). Quanto mais compararia tal Filho tal Mãe – essa Mãe que esteve de pé junto à cruz – a uma mulher que dá à luz! Comparar? Mas Ela é verdadeiramente mulher e verdadeiramente mãe e, nesta hora, tem verdadeiras dores de parto. Ela não tinha sofrido as dores do parto como as outras mulheres quando lhe nascera o Filho; é agora que as sofre, que é crucificada, que sente a tristeza de quem dá à luz porque chegou a sua hora (cf Jo 13,1; 17,1). […]

Quando tiver passado esta hora, quando esta espada de dor tiver trespassado por completo a sua alma que dá à luz (Lc 2,35), também ela já se não lembrará da aflição, pela alegria de ter vindo ao mundo um homem, o homem novo, que renova todo o género humano e reina sem fim sobre o mundo inteiro, verdadeiramente nascido, ultrapassado todo o sofrimento, imortal, primogénito de entre os mortos. Tendo assim trazido ao mundo a salvação de todos nós na paixão de seu único Filho, a Virgem é claramente a Mãe de todos nós.
 

Blumenau, 15 de setembro de 2009

 

 

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