Dia 17 de julho de 2017 – Segunda-feira da 15ª semana do Tempo Comum
No Brasil, Ano Mariano, instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!
Evangelho segundo S. Mateus 10,34-42.11,1:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus apóstolos: «Não penseis que Eu vim trazer a paz à terra. Não vim trazer a paz, mas a espada.
De facto, vim separar o filho de seu pai, a filha de sua mãe, a nora da sua sogra,
de maneira que os inimigos do homem são os de sua casa.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a Mim, não é digno de Mim.
Quem não toma a sua cruz para Me seguir, não é digno de Mim.
Quem encontrar a sua vida há de perdê-la; e quem perder a sua vida por minha causa, há de encontrá-la.
Quem vos recebe, a Mim recebe; e quem Me recebe, recebe Aquele que Me enviou.
Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá a recompensa de profeta; e quem recebe um justo por ele ser justo, receberá a recompensa de justo.
E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, a um destes pequeninos, por ele ser meu discípulo, em verdade vos digo: Não perderá a sua recompensa».
Depois de ter dado estas instruções aos seus doze discípulos, Jesus partiu dali, para ir ensinar e pregar nas cidades daquela gente.
Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 45 sobre os Atos dos Apóstolos; PG 60, 318-320
«E se alguém der de beber, nem que seja um copo de água fresca, […] não perderá a sua recompensa».
«Eu era estrangeiro, disse Cristo, e vós acolhestes-Me» (Mt 25,35). E ainda: «Cada vez que o fizerdes a um destes pequeninos é a Mim que o fazeis» (Mt 25,40). Tratando-se de um crente e de um irmão, mesmo que seja o mais pequeno de todos, é Cristo que entra com ele: abre a tua casa e recebe-o. «Quem recebe um profeta por ele ser profeta, receberá recompensa de profeta». […] Eis os sentimentos que devemos ter ao receber estrangeiros: a prontidão, a alegria, a generosidade. O estrangeiro é sempre tímido e envergonhado. Se o anfitrião não o receber com alegria, retira-se sentindo-se desprezado, pois é pior ser recebido dessa forma do que não ser recebido.
Tem, pois, uma casa onde Cristo encontre morada. Diz: «Eis o quarto de Cristo. Eis a morada que Lhe está reservada». Mesmo que seja muito simples, Ele não a desdenhará. Cristo está despido, é estrangeiro; só precisa de um teto. Dá-Lhe ao menos isso; não sejas cruel e desumano. Tu que demonstras tanto ardor pelos bens materiais, não fiques frio perante as riquezas do espírito. […] Tens lugar para o teu carro e não tens lugar para Cristo vagabundo? Abraão recebeu os estrangeiros no local onde morava (Gn 18). A mulher tratou-os como se fosse a serva e eles os senhores. Nem um nem outro sabiam que recebiam Cristo, que acolhiam anjos. Se o tivessem sabido, ter-se-iam despojado de tudo. Nós, que sabemos reconhecer Cristo, demonstremos ainda mais prontidão que os que pensavam receber apenas homens.
Neste mês de julho, com e Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Pela evangelização: Pelos nossos irmãos que se afastaram da fé, para que, através da nossa oração e do nosso testemunho evangélico, possam redescobrir a proximidade do Senhor misericordioso e a beleza da vida cristã.