“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”(João 6, 68)!
Dia 02 de dezembro de 2011 – Sexta-feira da 1a semana do Advento
Evangelho segundo S. Mateus 9,27-31:
Ao sair dali, seguiram-no dois cegos, gritando: «Filho de Davi, tem misericórdia de nós!»
Ao chegar em casa, os cegos aproximaram-se dele, e Jesus disse-lhes: «Credes que tenho poder para fazer isso?» Responderam-lhe: «Cremos, Senhor!»
Então, tocou-lhes nos olhos, dizendo: «Seja-vos feito segundo a vossa fé.»
E os olhos abriram-se-lhes. Jesus advertiu-os em tom severo: «Vede lá, que ninguém o saiba.»
Mas eles, saindo, divulgaram a sua fama por toda aquela terra.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (Norte de África) e doutor da Igreja
Sermão 18; PL 38, 128
«E os olhos abriram-se-lhes»
«Deus virá manifestamente, o nosso Deus, e não Se calará» (Sl 49,3 Vulg). Com efeito, Cristo, o nosso Deus, o Filho de Deus, chegou de forma encoberta na Sua primeira vinda; e virá de forma manifesta na segunda. Quando veio encoberto, apenas os Seus servidores O conheceram; quando vier manifestamente, será conhecido pelos bons e pelos maus. Quando veio encoberto, foi para ser julgado; quando vier manifestamente será para ser o juiz. Outrora foi julgado e calou-Se, e o profeta predissera esse silêncio: «Foi maltratado e resignou-Se, não abriu a boca, como cordeiro levado ao matadouro, como ovelha emudecida nas mãos do tosquiador» (Is 53,7) mas «Deus virá manifestamente, o nosso Deus, e não Se calará». […]
Agora os maus também possuem aquilo a que chamam felicidade neste mundo; e os bons também possuem aquilo a que chamam infelicidade neste mundo. Se os homens só crêem nas realidades presentes e não acreditam nas realidades futuras, é porque observam que os bens e os males deste mundo pertencem indistintamente aos bons e aos maus. Se ambicionam riquezas, vêem que elas pertencem tanto aos homens piores como aos bons. Se têm horror à pobreza e às misérias desta vida, vêem que estas fazem sofrer não só os maus mas também os bons, e dizem para si mesmos: «O Senhor não vê» (Sl 93,7), Ele não gere os assuntos humanos. Ele deixa-nos ir totalmente ao acaso para o abismo profundo deste mundo e não nos mostra a Sua providência. E, se desprezam os preceitos de Deus, é porque não vêem o Seu juízo manifestar-se. […]
Deus reserva muitas coisas para o julgamento futuro, mas algumas delas são julgadas agora, para que aqueles cujo julgamento tarda sejam tomados de receio e se convertam. Pois Deus não gosta de condenar mas sim de salvar, e por isso é paciente com os maus para que eles se tornem bons.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Para que todos os povos da terra, através do conhecimento e do respeito recíprocos, cresçam na concórdia e na paz.
Missionária: Para que as crianças e os jovens sejam mensageiros do Evangelho e para que sua dignidade seja sempre respeitada e preservada de toda a violência e abuso.