Leituras Bíblicas
Dia 03 de junho de 2011
Ano da Liturgia, especialmente da Eucaristia
– Tema: “Eucaristia, fonte e cume da vida emissão da Igreja”
– Lema: Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram” (Lc 24,31
Sexta-feira da 6ª semana da Páscoa
Livro dos Atos dos Apóstolos 18,9-18:
Certa noite, o Senhor disse a Paulo, numa visão: «Nada temas, continua a falar e não te cales,
porque Eu estou contigo e ninguém porá as mãos em ti para te fazer mal, pois tenho um povo numeroso nesta cidade.»
Então, ele ficou lá durante um ano e seis meses, a ensinar-lhes a palavra de Deus.
Sendo Galião procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus, de comum acordo, contra Paulo e levaram-no ao tribunal.
«Este homem disseram eles induz as pessoas a prestar culto a Deus de uma forma contrária à Lei.»
Paulo ia abrir a boca, quando Galião disse aos judeus: «Se se tratasse de uma injustiça ou grave delito, escutaria as vossas queixas, ó judeus, como é meu dever.
Mas como se trata de um conflito doutrinal sobre palavras e nomes e acerca de vossa própria Lei, o assunto é convosco. Recuso-me a ser juiz em semelhante questão.»
E mandou-os sair do tribunal.
Então todos se apoderaram de Sóstenes, o chefe da sinagoga, e puseram-se a bater-lhe diante do tribunal. E Galião não se importou nada com isso.
Depois de se ter demorado ainda algum tempo em Corinto, Paulo despediu-se dos irmãos e embarcou para a Síria, com Priscila e Áquila, rapando a cabeça em Cêncreas, por causa de um voto que tinha feito.
Livro de Salmos 47(46),2-3.4-5.6-7:
Povos todos, batei palmas, aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é temível; Ele é o grande rei de toda a terra.
Ele submeteu os povos ao nosso poder, pôs as nações a nossos pés.
Para nós escolheu a nossa herança, a glória de Jacó, seu predileto.
Deus subiu por entre aclamações, o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai a Deus, cantai! Cantai ao nosso rei, cantai!
Evangelho segundo S. João 16,20-23a:
Em verdade, em verdade vos digo: haveis de chorar e lamentar-vos, ao passo que o mundo há de gozar. Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria!
A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque chegou a sua hora; mas, quando deu à luz o menino, já não se lembra da sua aflição, com a alegria de ter vindo um homem ao mundo.
Também vós vos sentis agora tristes, mas Eu hei de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
Nesse dia, já não me perguntareis nada. Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa ao Pai em meu nome, Ele vo-la dará.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero em Antioquia, depois Bispo de Constantinopla, Doutor da Igreja
Homilia 1 sobre a Primeira Carta aos Tessalonicenses
«Também vós vos sentis agora tristes, mas Eu hei de ver-vos de novo! E […] ninguém vos poderá tirar a vossa alegria»
«Fizestes-vos imitadores do Senhor», diz Paulo. Como? «Recebendo a Palavra no meio de muitas tribulações, com a alegria do Espírito Santo» (1Ts 1,6). Não foi somente nas tribulações, foi no meio de tribulações, no meio de sofrimentos sem fim. Podeis constatá-lo nos Atos dos Apóstolos, onde vemos como se acirrou a perseguição contra eles, como os seus inimigos os denunciaram aos magistrados e sublevaram a cidade. Eles sofreram tribulações, e não se pode dizer que tenham permanecido fiéis com pena, gemendo – não, foram-no com grande alegria, pois os apóstolos tinham-lhes dado o exemplo: «cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do nome de Jesus» (At 5,41).
É isto que é verdadeiramente admirável! Já é muito sofrer tribulações com paciência; mas alegrar-se com elas é mostrar que se é superior à natureza humana e que já se tem, por assim dizer, um corpo impassível. Mas como é que eles foram imitadores de Cristo? Pelo fato de também Ele ter sofrido sem soltar uma queixa, com alegria, porque era de Sua vontade que Se encontrava em semelhantes tribulações. Foi por nós que Ele Se humilhou, adiantando-Se aos escarros, às bofetadas, à própria cruz; e alegrando-Se de tal maneira, que chamava a tudo isso a Sua glória: Pai, dizia, glorifica-Me (Jo 17,5).
Com o Papa e toda a Igreja rezemos, neste mês de junho, pelas Intenções do Apostolado da Oração
Geral: Para que os sacerdotes, unidos ao Coração de Cristo, sejam sempre verdadeiras testemunhas do amor atento e misericordioso de Deus.
Missionária: Para que o Espírito Santo faça surgir em nossas comunidades numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrar-se plenamente à difusão do Reino de Deus.