Sábado da 7ª Semana Do Tempo Comum – 2 de Março de 2019 – Cor: Verde
Evangelho – Mc 10,13-16
Quem não receber o Reino de Deus como uma criança,
não entrará nele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 10,13-16:
Naquele tempo:
13 Traziam crianças para que Jesus as tocasse.
Mas os discípulos as repreendiam.
14 Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse:
‘Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais,
porque o Reino de Deus é dos que são como elas.
15 Em verdade vos digo:
quem não receber o Reino de Deus como uma criança,
não entrará nele.’
16 Ele abraçava as crianças
e as abençoava, impondo-lhes as mãos.
Palavra da Salvação.
São Clemente de Alexandria (150-c. 215)
teólogo
O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70
«Dos que são como elas é o reino de Deus»
O papel de Cristo, nosso Pedagogo, é, como o nome indica, o de conduzir as crianças. Resta avaliar a que crianças quer a Escritura referir-se, e depois dar-lhes o Pedagogo. As crianças somos nós. A Escritura celebra-nos de diferentes formas, serve-se de imagens diversas para nos designar, colorindo com muitos tons a simplicidade da fé. Diz o Evangelho que o Senhor Se apresentou na margem e Se dirigiu aos seus discípulos que tinham estado pescando, dizendo: «Rapazes, tendes algum peixe que se coma?» (Jo 21,4-5)
Era aos discípulos que Ele chamava «rapazes». «Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes: “Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas é o reino de Deus”.» O próprio Senhor esclarece o sentido destas palavras dizendo: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no reino dos Céus» (Mt 18,3).
E não está falando da regeneração, mas a propor-nos que imitemos a simplicidade das crianças. […] Pode-se realmente considerar que aqueles que só conhecem Deus como Pai – que são como recém-nascidos, simples e puros – são como crianças. […] São seres que progrediram no Verbo, que Ele convida a desligarem-se das preocupações deste mundo, para escutarem apenas o Pai, imitando as crianças.
É por isso que lhes diz: «Não vos preocupeis com o dia de amanhã. Basta a cada dia o seu trabalho» (Mt 6,34), exortando-nos a distanciarmo-nos dos problemas deste mundo, para nos dedicarmos apenas ao nosso Pai. Aquele que pratica este mandamento é um verdadeiro recém-nascido, uma criança para Deus e para o mundo, pois este considera-o um ignorante e Aquele um alvo da sua ternura.
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.