O secretário geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, foi condecorado, na sexta-feira, 13, com a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, a mais importante comenda do município do Rio de Janeiro, entregue pela Câmara Municipal. Além de secretário da CNBB, dom Dimas é bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro.
“Dom Dimas é hoje uma das lideranças mais importantes do movimento ambiental brasileiro, porque ele está fazendo um trabalho que dá continuidade a uma série de iniciativas da CNBB. Ele merece o prêmio como liderança religiosa e também como liderança ecológica”, disse a vereadora Aspásia Camargo (PT), autora do requerimento indicando dom Dimas como um dos agraciados com a medalha.
Já o vereador Reimont destacou o trabalho de dom Dimas pela moralização da política, ajudando na mobilização do país para a coleta de 1 milhão e 300 mil assinaturas para o projeto de iniciativa de popular, conhecido como projeto Ficha Limpa.
“Por isso só, o Senhor já mereceria, se estrangeiro fosse, o título de “Cidadão Brasileiro”; mas como veio lá das Minas Gerais, recebe o de “Cidadão Carioca” e a Medalha Pedro Ernesto”, disse o vereador.
Em seus agradecimentos, dom Dimas disse que, com a medalha, a Igreja é que era homenageada. “Quem está sendo homenageada é a minha Igreja, a nossa Arquidiocese, a CNBB, muito mais do que uma pessoa, que sozinha não poderia fazer nada”, observou.
“ A história do Brasil, assim como a do Rio de Janeiro, seria impensável sem a história da Igreja, presente em cada passo. O nosso diálogo com a sociedade adquire cada vez mais credibilidade. O que para nós é uma responsabilidade muito grande, mas também uma alegria, por saber que as pessoas podem crer no Evangelho, graças à presença pública da própria Igreja e dos católicos”, completou.
A Medalha
Foi criada em 1980, em homenagem ao médico pernambucano Pedro Ernesto Batista (1884-1942).
No início de 1933, Pedro Ernesto participou da fundação do Partido Autonomista do Distrito Federal. Sob sua liderança, o partido venceu as eleições para a Assembléia Nacional Constituinte. No ano seguinte, o partido obteria também uma ampla vitória nas eleições para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro, elegendo a maior bancada daquela Casa. Os vereadores autonomistas elegeram, então, Pedro Ernesto prefeito do Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro governante eleito da história da cidade, ainda que de forma indireta.
Foi preso em 1936, sob acusação de participar do levante comunista no Rio de Janeiro, sendo substituído interinamente pelo Cônego Olímpio de Melo.
Colaborou: Nice Affonso
Fonte: Site CNBB, 20/11/2009