Dia de Finados, 2 de novembro de 2022 – Dai-lhes, Senhor o descanso eterno e a luz perpétua os ilumine! Amém!

Crédito: Liturgia diária
Crédito: Liturgia diária

 

Aproxima-se o dia de Finados. Dia de saudade, fé, reflexão e esperança. Saudades daqueles entes queridos que, levados pela morte, estão na eternidade. Ao mesmo tempo permanecem na nossa memória através de suas lutas, ideais e gestos de amor. Diz-se que “a saudade é irmã do amor”. O próprio Jesus externou o quanto amava seu amigo Lázaro através do choro, da saudade, quando soube da sua morte! É na gratidão e na saudade que nasce nossa solidariedade com os que partiram. Desejamos-lhes tudo de melhor: o perdão dos seus pecados, a paz verdadeira, a alegria plena, a felicidade eterna.
Sem a fé, o dia dos mortos não alcançaria o seu verdadeiro significado. Pois é pela fé que temos a certeza de que eles, na verdade, não morreram. O próprio Senhor declara: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá” (João 11,25). Há duas dimensões nessa divina afirmação. A primeira certifica-nos que, para os que crêem, a vida continua de uma outra forma, a espiritual, sobrenatural. Essa palavra de Cristo diz respeito também a nós, os vivos. Pois quando vivemos a nossa fé, somos “nova criatura”, vivemos em Cristo na família, na comunidade, no trabalho, na doença e na saúde. Fazemos, assim, a experiência narrada pelo apóstolo Paulo: “Não sou mais eu que vivo; é Cristo que vive em mim” (Carta aos Gálatas 2,20).

Na missa de exéquias, o prefácio, reza assim: “Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito nosso corpo mortal, nos é dado nos céus um corpo imperecível”.

Por ocasião do dia de Finados, forma-se todo um ambiente favorável à reflexão. Faz-se a faxina nos túmulos, leva-se flores aos mortos, acende-se velas, realiza-se celebrações, visita-se pessoas enlutadas. É daqueles dias que paira no ar algo diferente, próprio daquela data. Tem-se a impressão de deparar-se com a brevidade da vida, sua provisoriedade. Diz o livro do Eclesiastes (1,2): “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. O dicionário explica assim o verbete vaidade: “Qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória”. Nesse sentido, podemos referir a riqueza material, o prazer, a fama, o poder. Nada disso se leva para a eternidade. Por ouro lado, a caridade que praticamos de mil e uma formas, ela não é ilusória, passageira; permanece eternamente porque Deus é caridade.

Diante dos mortos, afirmamos nossa esperança de vida eterna. Já na pré-história, encontra-se sepulturas de humanos com vestígios de alimentos. Isso porque a ideia da imortalidade lhes estava latente. Ao acordarem do sono da morte, seus parentes e amigos poderiam alimentar-se. No Antigo Testamento, narra o Segundo Livro dos Macabeus (12,43-46) que o general Judas fez uma coleta e enviou-a ao templo de Jerusalém com a finalidade de serem oferecidos sacrifícios pelo perdão dos pecados dos soldados mortos em combate. O Novo Testamento nos garante explicitamente “a esperança que não engana” (Romanos 5,5). Essa é a esperança cristã, dos que, diante da morte corporal, reafirmam a certeza da vida eterna. Seja esta a nossa atitude no dia de Finados: professar com convicção: Creio na ressurreição dos mortos! Creio na vida eterna.

Pe. Raul Kestring – Blumenau, 25 de outubro de 2022

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