Dia 11 de março de 2018 – 4º Domingo da Quaresma
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 3,14-21:
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita tenha nEle a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigênito, para que todo o homem que acredita nEle não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita nEle não é condenado, mas quem não acredita nEle já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigênito de Deus».
E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más ações odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus».
Comentário do dia
São Francisco de Sales (1567-1622), bispo de Genebra, doutor da Igreja
«Obras completas», t. 10
«Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigênito»
Deus não poderia dar ao mundo outro remédio, senão a morte de seu Filho? […] Certamente que poderia ter-nos resgatado por mil outros meios, que não fossem a morte de seu Filho; mas não quis fazê-lo, porque o que era suficiente para a nossa salvação não o era para saciar o seu amor. E, para nos mostrar como nos amava, este Filho divino morreu com a morte mais terrível e ignominiosa, que era a morte de cruz.
Que resta, pois, e que consequência podemos tirar daqui, a não ser que, dado que Ele morreu de amor por nós, morramos nós também de amor por Ele, ou, se não podemos morrer de amor, ao menos não vivamos senão por Ele? […] Era disto que se queixava o grande S.to Agostinho: «Senhor, será possível que o homem saiba que morrestes por Ele e não viva por Vós?» E esse grande amoroso que foi São Francisco exclamava, soluçando: «Ah, morrestes de amor e ninguém Vos ama!» […]
Não há redenção senão nesta cruz. Ó Deus, que grande utilidade e que grande proveito é para nós contemplar a cruz e a Paixão! Será possível contemplar esta humildade de Nosso Senhor sem ser humilde e amar as humilhações? Poderemos ver a sua obediência sem ser obedientes? Oh não, nunca ninguém contemplou Nosso Senhor crucificado e morreu ou adoeceu. Pelo contrário, os que se recusam a contemplá-lo morrem, como acontecia aos filhos de Israel que se recusavam a olhar para a serpente que Moisés tinha mandado colocar no alto da coluna.
Neste mês de março, nosso Papa Francisco pede-nos que rezemos nas seguintes intenções:
Pela evangelização: Formação para o discernimento espiritual
Para que toda a Igreja reconheça a urgência da formação para o discernimento espiritual, a nível pessoal e comunitário.