“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”(João 6, 68)!
Dia 21 de novembro de 2011 – Segunda-feira da 34ª semana do Tempo Comum
Evangelho segundo S. Lucas 21,1-4:
Levantando os olhos, Jesus viu os ricos deitarem no cofre do tesouro as suas ofertas.
Viu também uma viúva pobre deitar lá duas moedinhas
e disse: «Em verdade vos digo que esta viúva pobre deitou mais do que todos os outros;
pois eles deitaram no tesouro do que lhes sobejava, enquanto ela, da sua indigência, deitou tudo o que tinha para viver.»
Comentário ao Evangelho do dia feito por
Beato Charles de Foucauld (1858-1916), eremita e missionário no Saara
Retiro de Nazaré (1897)
Dar tudo porque Cristo tudo deu
Meu Senhor Jesus, quão depressa será pobre aquele que, amando-Vos de todo o coração, não puder suportar ser mais rico do que o seu Bem-Amado! Quão depressa será pobre aquele que, sabendo que tudo o que for feito a um destes pequeninos é a Vós que é feito e que tudo o que o não for também o não será a Vós (Mt 25,40.45), aliviar toda a miséria ao seu alcance! Quão depressa será pobre aquele que receber com fé as palavras que dizem: «Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá o dinheiro aos pobres. Felizes os pobres. Todo aquele que tiver deixado os seus bens por causa do Meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt 19,21; 5.3; 19,29), e tantas outras como estas!
Deus meu, não me parece que seja possível a todas estas almas, ao ver-Vos pobre, permanecerem ricas por vontade e assim se reverem maiores do que o seu Mestre, o seu Bem-Amado, ou, se depender delas, não quererem ser parecidas convosco em tudo, sobretudo nas Vossas humilhações […]. Seja como for, não consigo conceber o amor sem a necessidade imperiosa de tornar conformes, semelhantes e, acima de tudo, cor-respondidas, todas as dores, todas as penas, todas as asperezas da vida. Por mim, meu Deus, não me é possível ser rico e viver desafogadamente dos meus bens quando Vós fostes pobre e vivestes com dificuldades, tirando laboriosamente o sustento duma custosa profissão. Não sei amar assim.
Não convém que o servo seja «maior do que o seu Senhor» (Jo 13,16), nem que a esposa seja rica quando o Esposo é pobre […]. E é-me impossível compreender o amor sem esta procura de identificação […], sem esta necessidade de partilha de todas as cruzes.
Neste mês de novembro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Geral: Pelas Igrejas orientais católicas, a fim de que sua venerável tradição seja conhecida e estimada como riqueza espiritual para toda a Igreja.
Missionária: Para que o continente africano encontre em Cristo a força de realizar o caminho de reconciliação e de justiça, indicado no Segundo Sínodo dos Bispos para a África. .