Dia 07 de fevereiro de 2018 – Quarta-feira da 5a. semana do Tempo Comum (Cinco Chagas do Senhor – Festa)
Ano do Laicato, instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, tendo se iniciado no Domingo de Cristo Rei, 26 de novembro de 2017, e estendendo-se até o Domingo de Cristo Rei de 2018. Objetivo: “Como Igreja, Povo de Deus, celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade”.
Evangelho segundo S. João 19,28-37:
Naquele tempo, sabendo que tudo estava consumado e para que se cumprisse a Escritura, Jesus disse: «Tenho sede».
Estava ali um vaso cheio de vinagre. Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre e levaram-Lha à boca.
Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou: «Tudo está consumado». E, inclinando a cabeça, expirou.
Por ser a Preparação da Páscoa, e para que os corpos não ficassem na cruz durante o sábado – era um grande dia aquele sábado – os judeus pediram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro, depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas,
mas um dos soldados trespassou-Lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água.
Aquele que viu é que dá testemunho e o seu testemunho é verdadeiro. Ele sabe que diz a verdade, para que também vós acrediteis.
Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz: «Nenhum osso lhe será quebrado».
Diz ainda outra passagem da Escritura: «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
Comentário do dia
São João da Cruz (1542-1591), carmelita descalço, doutor da Igreja
Avis et maximes
«Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (Sl 50, 12)
A pureza do coração corresponde ao grau de amor e de graça de Deus; assim, quando o nosso Salvador chama bem-aventurados àqueles que têm o coração puro (Mt 5,8), está a referir-Se àqueles que estão cheios de amor, porque a beatitude é-nos dada segundo o grau do nosso amor.
Aquele que ama verdadeiramente a Deus não cora diante do mundo por aquilo que faz para Deus, não o esconde com atrapalhação, ainda que o mundo inteiro venha a condená-lo.
Aquele que ama verdadeiramente a Deus vê como um ganho e uma recompensa a perda de todas as coisas criadas, e até a perda de si próprio por amor a Deus […].
Aquele que trabalha para Deus com um amor puro, não só não se perturba por ser visto pelos homens, como também não age de forma a ser visto por Deus […].
É coisa grande exercitarmo-nos muito na prática do amor santo, porque a alma que atinge a perfeição e a consumpção do amor não tardará, seja nesta vida, seja na outra, a ver o rosto de Deus.
Aquele que tem o coração puro aproveita igualmente a elevação e a humilhação para se tornar sempre mais puro, enquanto o coração impuro apenas se serve dele para produzir ainda mais frutos de impureza.
O coração derrama sobre todas as coisas um saboroso conhecimento de Deus, casto, puro, espiritual, cheio de alegria e de amor.
Neste mês de fevereiro, com o Papa e toda a Igreja, rezemos na seguinte intenção:
Universal: Não à corrupção
Para que aqueles que têm poder material, político ou espiritual não se deixem dominar pela corrupção.