2ª-feira da 8ª Semana Do Tempo Comum – 4 de Março de 2019 – Cor: Verde
Evangelho – Mc 10,17-27
Vende tudo o que tens e segue-me!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,17-27:
Naquele tempo:
17 Quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo,
ajoelhou-se diante dele, e perguntou:
‘Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?’
18 Jesus disse: ‘Por que me chamas de bom?’
Só Deus é bom, e mais ninguém.
19Tu conheces os mandamentos:
não matarás; não cometerás adultério; não roubarás;
não levantarás falso testemunho;
não prejudicarás ninguém;
honra teu pai e tua móe!’
20 Ele respondeu: ‘Mestre, tudo isso
tenho observado desde a minha juventude’.
21 Jesus olhou para ele com amor, e disse:
‘Só uma coisa te falta:
vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres,
e terás um tesouro no céu.
Depois vem e segue-me!’
22 Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido
e foi embora cheio de tristeza,
porque era muito rico.
23 Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos:
‘Como é difícil para os ricos entrar no Reino de Deus!’
24 Os discípulos se admiravam com estas palavras,
mas ele disse de novo:
‘Meus filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!
25 É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha
do que um rico entrar no Reino de Deus!’
26 Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso,
e perguntavam uns aos outros:
‘Então, quem pode ser salvo?’
27 Jesus olhou para eles e disse:
‘Para os homens isso é impossível, mas não para Deus.
Para Deus tudo é possível’.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Leão Magno (?-c. 461)
papa, doutor da Igreja
Sermão 95, 2-3: PL 54, 461-462
«Como será difícil para os que têm riquezas entrar no reino de Deus!»
Quando Jesus declara: «Bem-aventurados os pobres em espírito» (Mt 5,3), está a mostrar-nos que o Reino dos Céus será dado mais à humildade do coração que à ausência de riquezas. Mas não há dúvida de que os pobres obtêm mais facilmente este bem do que os ricos, porque a pobreza de uns fá-los tender mais para a bondade e a riqueza dos outros condu-los mais à arrogância. Contudo, há muitos ricos que possuem este espírito que coloca a abundância ao serviço, não do seu prestígio, mas das obras de benevolência; para esses, o maior ganho consiste em gastarem os seus bens a aliviar a miséria e a dor de outros.
Assim pois, a humildade de coração não é distribuída de forma igual pelos homens de todas as condições; os homens podem ter as mesmas disposições sem ter a mesma fortuna. Independentemente da desigualdade dos seus bens terrenos, não há distância entre aqueles que são iguais ao nível dos bens espirituais. Feliz, pois, a pobreza que não deseja aumentar as suas riquezas neste mundo, mas aspira a enriquecer com os bens celestes.
Intenção do Apostolado da Oração
Reconhecimento dos direitos das comunidades cristãs
Pelas comunidades cristãs, em particular as que são perseguidas, para que sintam a proximidade de Cristo e para que os seus direitos sejam reconhecidos.