De 12 a 15 de julho, na cidade de Palmas (TO), acontecerá o 3º Congresso Missionário Nacional. Eu participarei com uma delegação da Diocese de Blumenau para, juntamente com os representantes das demais dioceses do Brasil, afirmar que estamos juntos no mutirão de evangelização do País.
Esse Congresso, cujo lema é “Como o pai me enviou, assim eu vos envio”, será uma preparação para o Congresso Missionário Latino Americano (COMLA 9), que será realizado na Venezuela, em 2013. O tema nos convida a refletir sobre a missão da igreja num mundo secularizado e pluricultural, depois de 50 anos do Concílio Vaticano II. Como lembrava Paulo VI na sua encíclica sobre a urgência de anunciar o evangelho, “a ruptura entre o Evangelho e a cultura é, sem dúvida, o drama da nossa época” (EN 20). De fato, assistimos a uma inversão de valores, pois os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida prescindem dos valores do Evangelho.
O que podemos fazer diante dessas mudanças? O Documento de Aparecida apresenta-nos a missão de sermos discípulos, destacando que só é um verdadeiro missionário aquele que também é discípulo. Em anos passados, nossa Diocese sentiu a necessidade de voltar à Palavra de Deus, como fonte inspiradora dessa missão. Cabe reafirmar aqui que uma catequese evangelizadora ajuda a forjar novos discípulos missionários, fortalece a comunidade e colabora para que os jovens aprendam a se sentir “igreja”.
Uma boa catequese missionária são também os grupos de ref exão que acontecem nas famílias, num encontro semanal com a Palavra. Eles têm a missão de fazer ressoar o Evangelho em todas as realidades eclesiais, pois são formados por líderes das paróquias, pessoas engajadas nas atividades pastorais. Um belo testemunho desse trabalho missionário dos grupos de reflexão foi dado no III Encontro Interdiocesano que ocorreu em Jaraguá do Sul: a presença signif cativa e numerosa de nossa Diocese deixou entrever uma Igreja viva, preparada para enfrentar os desaf os da missão.
A missão está enraizada no nosso ser cristão e o triênio missionário que a Assembleia Diocesana escolheu para viver nos próximos três anos vem reforçar o fato de que todos precisamos ser missionários. Nossas famílias devem ser missionárias, nossas comunidades devem ser missionárias. Só assim vamos caminhar rumo ao objetivo de uma Igreja missionária, vislumbrado pela Conferência de Aparecida e que será reaf rmado neste Congresso Missionário Nacional.