6º dia na oitava do Natal do Natal
30 de Dezembro de 2020
Cor: Branco
Evangelho – Lc 2,36-40
Pôs-se a falar do menino a todos
que esperavam a libertação de Jerusalém.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 2,36-40:
Naquele tempo:
36 Havia também uma profetisa, chamada Ana,
filha de Fanuel, da tribo de Aser.
Era de idade muito avançada;
quando jovem, tinha sido casada
e vivera sete anos com o marido.
37 Depois ficara viúva,
e agora já estava com oitenta e quatro anos.
Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus
com jejuns e orações.
38 Ana chegou nesse momento
e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino
a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.
39 Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor,
voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade.
40 O menino crescia e tornava-se forte,
cheio de sabedoria;
e a graça de Deus estava com ele.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Papa Francisco
Encíclica «Lumen fidei / Luz da Fé», §§50-51 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev.)
«Começou […] a falar acerca do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém»
Ao apresentar a história dos patriarcas e dos justos do Antigo Testamento, a Carta aos Hebreus põe em relevo um aspecto essencial da sua fé; esta não se apresenta apenas como um caminho, mas também como edificação, preparação de um lugar onde os homens possam habitar uns com os outros […]. Se o homem de fé assenta no Deus-Ámen, no Deus fiel (cf Is 65,16), tornando-se por isso firme, podemos acrescentar que a firmeza da fé se refere também à cidade que Deus está a preparar para o homem. A fé revela quão firmes podem ser os vínculos entre os homens, quando Deus Se torna presente no meio deles. Não evoca apenas uma solidez interior, uma convicção firme do crente; a fé também ilumina as relações entre os homens, porque nasce do amor e segue a dinâmica do amor de Deus.
O Deus fiável dá aos homens uma cidade fiável. Devido precisamente à sua ligação com o amor (cf Gl 5,6), a luz da fé coloca-se ao serviço concreto da justiça, do direito e da paz. A fé nasce do encontro com o amor gerador de Deus, que mostra o sentido e a bondade da nossa vida; esta é iluminada na medida em que entra no dinamismo aberto por este amor, isto é, enquanto se torna caminho e exercício para a plenitude do amor. A luz da fé é capaz de valorizar a riqueza das relações humanas, a sua capacidade de perdurarem, de serem fiáveis, de enriquecerem a vida comum.
A fé não afasta do mundo, nem é alheia ao esforço concreto dos nossos contemporâneos. Sem um amor fiável, nada poderia manter verdadeiramente unidos os homens: a unidade entre eles seria concebível apenas enquanto fundada sobre a utilidade, a conjugação dos interesses, o medo, mas não sobre a beleza de viverem juntos, nem sobre a alegria que a simples presença do outro pode gerar. […] A fé é um bem para todos, um bem comum: a sua luz não ilumina apenas o âmbito da Igreja nem serve somente para construir uma cidade eterna no além, também ajuda a construir as nossas sociedades, de modo que caminhem para um futuro cheio de esperança.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de dezembro, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração pela evangelização – Para uma vida de oração
Rezemos para que a nossa relação pessoal com Jesus Cristo se alimente da Palavra de Deus e de uma vida de oração.