São Simão e São Judas, Apóstolos . Festa
28 de Outubro de 2020
Cor: Vermelho
Evangelho – Lc 6,12-19
Passou a noite toda em oração.
Escolheu doze dentre os discípulos,
aos quais deu o nome de apóstolos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,12-19:
12 Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar.
E passou a noite toda em oração a Deus.
13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos
e escolheu doze dentre eles,
aos quais deu o nome de apóstolos:
14 Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André;
Tiago e João;
Filipe e Bartolomeu;
15 Mateus e Tomé;
Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota;
16 Judas, filho de Tiago,
e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
17 Jesus desceu da montanha com eles
e parou num lugar plano.
Ali estavam muitos dos seus discípulos
e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém,
do litoral de Tiro e Sidônia.
18 Vieram para ouvir Jesus
e serem curados de suas doenças.
E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus
também foram curados.
19 A multidão toda procurava tocar em Jesus,
porque uma força saía dele, e curava a todos.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Bento XVI
papa de 2005 a 2013
Audiência geral de 3/5/2006 (tradução © copyright Libreria Editrice Vaticana), rev.
«Chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de apóstolos»
A Tradição Apostólica não é uma coleção de objetos e palavras, como uma caixa que contém coisas mortas; a Tradição é o rio da vida nova que vem das origens, de Cristo até nós, e nos envolve na história de Deus com a humanidade. Este tema da Tradição é de grande importância para a vida da Igreja. O Concílio Vaticano II realçou, a este propósito, que a Tradição é apostólica antes de tudo nas suas origens: «Dispôs Deus, em toda a sua benignidade, que tudo quanto revelara para a salvação de todos os povos permanecesse íntegro para sempre e fosse transmitido a todas as gerações.
Por isso, Cristo Senhor, em quem se consuma toda a revelação de Deus Sumo (cf 2Cor 1,30; 3,16; 4,6), mandou aos apóstolos que pregassem a todos os homens o Evangelho […], como fonte de toda a verdade salutar e de toda a disciplina de costumes, comunicando-lhes os dons divinos» (Dei Verbum, 7). O Concílio prossegue, anotando como tal empenho foi fielmente seguido «pelos apóstolos, que, pela sua pregação oral, os exemplos e as instituições, comunicaram aquilo que tinham recebido pela palavra, a convivência e as obras de Cristo, ou aprendido por inspiração do Espírito Santo» (ibid.).
Com os apóstolos, acrescenta o Concílio, colaboraram «varões apostólicos, que, sob a inspiração do mesmo Espírito Santo, escreveram a mensagem da salvação» (ibid.). Como chefes do Israel escatológico, também eles doze como doze eram as tribos do povo eleito, os apóstolos continuam a «colheita» iniciada pelo Senhor, e fazem-no antes de tudo transmitindo fielmente o dom recebido, a boa nova do Reino que veio até aos homens em Jesus Cristo.
O seu número expressa, não só a continuidade com a santa raiz, o Israel das doze tribos, mas também o destino universal do seu ministério, que leva a salvação até aos confins da Terra. Isto pode ser captado apreciando o valor simbólico dos números no mundo semítico: doze resulta da multiplicação de três, o número perfeito, por quatro, número que remete para os quatro pontos cardeais, e portanto para todo o mundo.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de outubro, rezemos na seguinte intenção:
Intenção de oração pela evangelização – A missão dos leigos na Igreja
Rezemos para que, em virtude do batismo, os fiéis leigos, em especial as mulheres, participem mais nas instâncias de responsabilidade da Igreja.