Leituras Bíblicas
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
Dia 10 de abril de 2010
SÁBADO NA OITAVA DA PÁSCOA
Hoje a Igreja celebra: Santa Madalena de Canossa (1774-1865) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=10&Mes=4
Livro dos Atos dos Apóstolos 4,13-21:
Ao verem o desassombro de Pedro e de João e percebendo que eram homens iletrados e plebeus, ficaram espantados. Reconheciam-nos por terem andado com Jesus,
mas, ao mesmo tempo, vendo de pé, junto deles, o homem que fora curado, nada encontraram para replicar.
Mandaram-nos, então, sair do Sinédrio e começaram sozinhos a deliberar:
«Que havemos de fazer a estes homens? Que um milagre notável foi realizado por eles é demasiado claro para todos os habitantes de Jerusalém e não podemos negá-lo.
No entanto, para evitar que a notícia deste caso se espalhe ainda mais por entre o povo, proibamo-los, com ameaças, de falar, doravante, a quem quer que seja, nesse nome.»
Chamaram-nos, então, e impuseram-lhes a proibição formal de falar ou ensinar em nome de Jesus.
Mas Pedro e João retorquiram: «Julgai vós mesmos se é justo, diante de Deus, obedecer a vós primeiro do que a Deus.
Quanto a nós, não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos.»
Eles, então, com novas ameaças, mandaram-nos em liberdade, não encontrando maneira de os castigar, por causa do povo; pois todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido.
Livro de Salmos 118,1.14-15.16-18.19-21:
Louvai o SENHOR, porque Ele é bom, porque o seu amor é eterno.
O SENHOR é o meu refúgio e a minha força; Ele é a minha salvação.
Ouvem-se vozes de alegria e de vitória nas tendas dos justos: «A mão do SENHOR fez maravilhas,
a mão do SENHOR foi magnífica; a mão do SENHOR fez maravilhas.»
Não morrerei, antes viverei, para narrar as obras do SENHOR.
O SENHOR castigou-me com dureza, mas não me deixou morrer.
Abri-me as portas da justiça: quero entrar para dar graças ao SENHOR.
Esta é a porta do SENHOR: os justos entrarão por ela.
Eu te darei graças, porque me respondeste, porque foste o meu salvador.
Evangelho segundo S. Marcos 16,9-15:
Tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, Jesus apareceu primeiramente a Maria de Magdala, da qual expulsara sete demónios.
Ela foi anunciá-lo aos que tinham sido seus companheiros, que viviam em luto e em pranto.
Mas eles, ouvindo dizer que Jesus estava vivo e fora visto por ela, não acreditaram.
Depois disto, Jesus apareceu com um aspecto diferente a dois deles que iam a caminho do campo.
Eles voltaram para trás a fim de o anunciar aos restantes. E também não acreditaram neles.
Apareceu, finalmente, aos próprios Onze quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração em não acreditarem naqueles que o tinham visto ressuscitado.
E disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
São João da Cruz (1542-1591), Carmelita, Doutor da Igreja
A Subida ao Carmelo 3,31 (a partir da trad. OC, Cerf 1990, p. 869 rev.)
«Censurou-lhes a incredulidade»
Quando há abundância de sinais e de testemunhos, é menos meritório acreditar. […] É por isso que Deus só realiza obras maravilhosas quando elas são absolutamente necessárias para a fé dos homens. Por este motivo, e a fim de que os Seus discípulos não fossem privados do mérito da fé por terem tido experiência direta da Sua ressurreição, antes de lhes aparecer, dispôs as coisas de modo a que eles acreditassem sem O terem visto.
A Maria Madalena, começou por lhe mostrar o túmulo vazio; em seguida, instruiu-a por meio dos anjos, porque «a fé vem da pregação», como diz São Paulo (Rm 10,17). O Senhor queria que ela cresse ouvindo e antes de ver; e, quando O viu, foi sob a aparência de um jardineiro, a fim de completar a sua instrução na fé.
Aos discípulos, começou por lhes enviar as santas mulheres, que lhes disseram que Ele tinha ressuscitado. Aos peregrinos de Emaús, começou por inflamar o coração na fé, antes de Se lhes revelar. Por fim, repreendeu os discípulos por não terem acreditado. E a Tomé, que tinha querido tocar-Lhe nas chagas, disse: «Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam» (Jo 20,29)!