Carta-Síntese do Curso para Animadores Missionários (Sulão)

Nós, 57 participantes, representantes de 29 Dioceses dos 4 Regionais Sul (São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e Oeste 1 (Mato Grosso do Sul), reunidos, de 22 a 26 de junho, em Florianópolis/SC, no Curso para Animadores Missionários, refletimos o tema da missão sob diferentes enfoques: a) Os caminhos da missão pela Galileia ao longo dos séculos; b) O encontro com a missão hoje e seus protagonistas; c) As novas perspectivas de ação e animação missionária; d) A animação missionária como tarefa dos Conselhos Missionários. Identidade, atividade e organização dos Comidis e Comipas.

Analisando o contexto atual, principalmente no que concerne à Igreja, constatou-se:

 · vive-se um período marcado por grandes mudanças em todos os níveis, atingindo, ao mesmo tempo, todos os segmentos e o mundo todo; mais do que uma época de mudanças, vive-se uma mudança de época (DA 44);

· o institucional deixou de ser referencial; a Igreja já não exerce mais força de orientação como já tivera; mais importantes que as instituições são consideradas as experiências individuais; rompeu-se a transmissão dos valores das gerações adultas aos mais novos; impera o transitório;

· o cabedal científico e a racionalidade capitalista não conseguiram alcançar o progresso prometido; em resposta, viu-se emergir uma profunda fome de espiritualidade;

· a Igreja, internamente, no passo que comporta a diversidade de posturas e atitudes também enfrenta a dificuldade de conjugá-las numa prática evangelizadora eficaz e salutar ao anúncio e testemunho do Reino de Deus;

· as atuais estruturas eclesiais encontram dificuldades em responder aos desafios de mudança de época e de urbanização; precisam ser reavaliadas e, quiçá, melhor adaptadas;

Diante desta realidade, sentimos que nosso fazer eclesial, para ser verdadeiramente eficiente, profético e libertador, precisa considerar a ação pastoral-missionária. Estimulando-a, identificamos alguns pontos:

· sair das “estruturas caducas que já não favorecem a transmissão da fé” (DAp 365), ressignificando-as em espaços de acolhimento, fraternidade e missão;

· incentivar o reavivamento missionário da Igreja que, nascida “na missão do Filho e do Espírito, segundo o desígnio do Pai” (AG 2), é, por sua natureza, missionária e chamada a viver em estado permanente de missão e enviada para dar testemunho de Jesus, que tem como centro de sua vida e missão o Reino de Deus;

· desenvolver processos formativos amplos e permanentes que auxiliem na valorização e maior conscientização quanto à necessidade da ação missionária;

· fortalecer os Conselhos Missionários (Comire, Comidi, Comipa, Comise); bem como os grupos de Jovens, Infância e Adolescência Missionária (JM e IAM);

· valorizar o Projeto o Brasil na Missão Continental; proposta que promove abertura às diferentes realidades e incentiva o partir ao encontro dos afastados e à Missão Ad Gentes;

· ter na Palavra de Deus a fonte e a sustentação da ação missionária; é na Palavra de Deus que o missionário encontra o despertar de sua prática;

· reconhecer e valorizar o papel e a importância dos leigos na ação da Igreja; são eles, por excelência, a Igreja presente na sociedade, nos mais variados meios.

Dessa forma, propomos e desejamos que nossas Dioceses/Arquidioceses, Paróquias, Comunidades, Seminários e Casas Religiosas se apropriem da proposta missionária, aprofundem a reflexão em seus contextos, ressignifiquem conceitos e práticas e ensaiem formas criativas, e mesmo alternativas, de tornar a Igreja presente uma Igreja missionária.

Florianópolis, 26 de junho de 2011

 

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