A Porciúncula, pequena capela dentro da Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis, um dos lugares principais da espiritualidade franciscana – ANSA
02/08/2017 17:45
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Cidade do Vaticano (RV) – “O exemplo do pobrezinho de Assis ainda hoje interpela nossas consciências e nossas comunidades e nos atrai ao Senhor.” Foi o que disse o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, presidindo na manhã desta quarta-feira (02/17) na Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis – região italiana da Úmbria –, a celebração eucarística por ocasião da Festa do perdão com a qual concluiu o Ano jubilar pelo VIII centenário do Perdão de Assis.
Bem feito pelos santos chega até nós
Levando a cordial saudação e bênção apostólica do Papa Francisco, o purpurado observou que é verdadeiramente motivo de grande alegria “constatar que o bem feito pelos santos se dilata no espaço e no tempo e chega até nós”.
Referindo-se a São Francisco, o secretário de Estado ressaltou que “o ardor com o qual ele amou o Senhor tornou-se compaixão e caridade para com o próximo. Transformou-se em súplica a Deus a fim de que derrame abundantemente a sua misericórdia sobre o seu povo”.
Igreja: favorecer encontro entre Deus e seres humanos
Essa “é a missão fundamental da Igreja”, que é a de “favorecer o encontro entre Deus e os seres humanos, de construir pontos sólidos entre o céu e a terra, de mostrar um caminho de salvação oferecido a todos e não reservado a pequenos grupos de doutos e sapientes”, prosseguiu.
“Um caminho acessível aos pobres e aos últimos. Um caminho amplo e livre de obstáculos que conduz à salvação, embora mediante uma porta estreita como a da Porciúncula”, acrescentou.
Deus se revela fazendo-se “pequeno e frágil”
Segundo o Cardeal Parolin, “na Porciúncula, como na gruta de Belém e na santa casa de Nazaré, a infinita misericórdia divina se manifesta num espaço delimitado. Deus se revela e ao mesmo tempo parece velar-se, coloca-se ao nosso lado, quer-nos levar todos ao Paraíso, mas utiliza canais de humildade escolhendo lugares periféricos e sinais delicados”, fazendo-se “pequeno e frágil”. (RL/Sir)
Fonte: Site Rádio Vaticano