Sexta-feira depois das Cinzas da Quaresma
4 de Março de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Mt 9,14-15
Dias virão em que o esposo lhes será tirado, e então jejuarão.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 9,14-15:
Naquele tempo:
14 Os discípulos de João aproximaram-se de Jesus
e perguntaram:
‘Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns,
mas os teus discípulos não?’
15 Disse-lhes Jesus:
‘Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto
enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles.
Então, sim, eles jejuarão.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Romano
o Melodista (?-c. 560), compositor de hinos
Hino «Adão e Eva», 1-5
«Nesses dias jejuarão»
Entrega-te, ó minha alma, ao arrependimento; une-te a Cristo pela razão e, gemendo, grita: Concede-me o perdão das minhas faltas, para que de Ti, que és bom (cf Mc 10,18), receba a absolvição e a vida eterna. […]
Moisés e Elias, que eram torres de fogo, foram grandes nas suas obras. […] Foram os primeiros entre os profetas, falavam livremente com Deus, compraziam-se em dele se aproximarem para com Ele conversarem face a face (cf Ex 34,6; 1Rs 19,13) — facto admirável e incrível. Apesar disso, não deixaram de recorrer ao jejum, que os conduzia a Deus (cf Ex 34,28; 1Rs 19,8). Pois, tal como as obras, também o jejum conduz à vida eterna.
Pelo jejum, os demónios são afastados como pela espada, porque não lhe suportam os benefícios: eles apreciam a folia e a embriaguez. Por isso, ao olharem o rosto do jejum, não podem tolerá-lo e fogem para bem longe, como nos ensina o Senhor nosso Deus: «Estes demónios só podem ser expulsos pelo jejum e pela oração» (Mc 9,28). É por isso que aprendemos que o jejum nos traz a vida eterna. […]
O jejum devolve aos que o praticam a casa paterna de onde Adão foi expulso. […] O próprio Deus, amigo dos homens (cf Sab 7,14), confiou o homem que tinha criado ao jejum como a mãe extremosa ou a mestre, tendo-o proibido de provar duma árvore (cf Gn 2,17). Tivesse o homem observado esse jejum, viveria para sempre com os anjos. Ao rejeitá-lo, causou para si a dor e a morte, a fereza dos espinhos e das silvas, e a angústia duma vida dolorosa (cf Gn 3,17s) Ora, se o jejum se revelou proveitoso no Paraíso, quanto mais o não será neste mundo, proporcionando-nos a vida eterna!
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, rezemos:
Pela resposta cristã aos desafios da bioética
Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.