5ª-feira da 14ª Semana Do Tempo Comum
8 de Julho de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Mt 10,7-15
De graça recebestes, de graça deveis dar!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 10,7-15:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
7 Em vosso caminho, anunciai:
‘O Reino dos Céus está próximo’.
8 Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!
9 Não leveis ouro, nem prata, nem dinheiro nos vossos cintos;
10 nem sacola para o caminho,
nem duas túnicas, nem sandálias, nem bastão,
porque o operário tem direito ao seu sustento.
11 Em qualquer cidade ou povoado onde entrardes,
informai-vos para saber quem ali seja digno.
Hospedai-vos com ele até a vossa partida.
12 Ao entrardes numa casa, saudai-a.
13 Se a casa for digna, desça sobre ela a vossa paz;
se ela não for digna, volte para vós a vossa paz.
l4 Se alguém não vos receber, nem escutar vossa palavra,
saí daquela casa ou daquela cidade,
e sacudi a poeira dos vossos pés.
15 Em verdade vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra
serão tratadas com menos dureza do que aquela cidade,
no dia do juízo.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Alocução no encontro inter-religioso em Assis, 27/10/86 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
«Desça a vossa paz sobre ela»
Esta jornada em Assis ajudou-nos a ter mais consciência dos nossos compromissos religiosos. Mas também deu ao mundo, que nos olha através dos media, uma maior consciência da responsabilidade de cada religião pelos problemas da guerra e da paz. Talvez nunca na história tenha sido tão evidente para todos a relação intrínseca entre uma atitude religiosa autêntica e o grande bem que é a paz. Que peso terrível para os ombros humanos!
Mas, ao mesmo tempo, que vocação maravilhosa e exaltante! Embora a oração já seja uma ação, não nos dispensa de trabalhar pela paz. Dessa forma, agimos como arautos da consciência moral da humanidade, que deseja a paz e precisa da paz. Não há paz sem um amor apaixonado pela paz. Não há paz sem uma vontade feroz de realizar a paz. A paz espera os seus profetas. Juntos, enchemos os olhos de visões de paz, que libertam energias para uma nova linguagem de paz, para novos gestos de paz, que quebrem as correntes fatais das divisões herdadas da história ou geradas pelas ideologias modernas.
A paz espera os seus construtores. Estendamos a mão aos nossos irmãos e às nossas irmãs, encorajando-os a construírem a paz sobre os quatro pilares da verdade, da justiça, do amor e da liberdade. A paz é um estaleiro aberto a todos e não apenas aos especialistas, aos sábios e aos estrategistas. A paz é uma responsabilidade universal, que passa por mil pequenos atos da vida quotidiana: pela sua forma quotidiana de viverem com os outros, os homens fazem a sua escolha pela paz ou contra a paz. […]
Devemos continuar a fazer em cada dia da nossa vida o que fizemos hoje em Assis: rezar e dar testemunho do nosso compromisso com a paz. Porque o que fizemos hoje é vital para o mundo. A oração é essencial para o mundo continuar a existir, para os homens e as mulheres nele sobreviverem.
Fonte: Site Evangelho Quotidiano
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