Sábado da 3ª Semana da Quaresma
26 de Março de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Lc 18,9-14
O cobrador de impostos voltou para
casa justificado, o outro não.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,9-14:
Naquele tempo:
9 Jesus contou esta parábola
para alguns que confiavam na sua própria justiça
e desprezavam os outros:
10 ‘Dois homens subiram ao Templo para rezar:
um era fariseu, o outro cobrador de impostos.
11 O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo:
‘Ó Deus, eu te agradeço
porque não sou como os outros homens,
ladrões, desonestos, adúlteros,
nem como este cobrador de impostos.
12 Eu jejuo duas vezes por semana,
e dou o dízimo de toda a minha renda’.
13 O cobrador de impostos, porém, ficou à distância,
e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu;
mas batia no peito, dizendo:
`Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!’
14 Eu vos digo:
este último voltou para casa justificado, o outro não.
Pois quem se eleva será humilhado,
e quem se humilha será elevado.’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Clímaco (c. 575-c. 650)
monge do Monte Sinai
Escada Santa, 21.º degrau
«Todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado»
Se temos o desejo de agradar ao Rei dos Céus, esforcemo-nos por não desejar outra glória senão a do alto. Com efeito, quem a experimentou despreza por completo a glória terrena, mas só quem experimentou aquela pode desprezar esta. […] Quem pede a Deus que lhe conceda dons em troca do seu esforço constrói sobre fundamentos instáveis; pelo contrário, quem se considera devedor receberá subitamente uma riqueza inesperada. […] Há uma glória que vem do Senhor, pois Ele disse: «Eu glorificarei aqueles que Me glorificarem» (1Sm 2,30); e há uma glória que deriva dos artifícios do demônio, pois está escrito: «Ai de vós quando todos disserem bem de vós» (Lc 6,26).
Reconhecemos a primeira porque, considerando-a uma perda, a recusamos por todos os meios, ocultando a nossa maneira de viver; e reconhecemos a segunda quando fazemos a mais pequena coisa para sermos vistos pelos homens (cf Mt 6,1). A vanglória impura sugere-nos que finjamos uma virtude que não temos, dizendo-nos: «Que a vossa luz brilhe diante dos homens, a fim de que eles vejam as vossas boas obras» (Mt 5,16). […]
Quando os nossos lisonjeadores, ou melhor, os nossos sedutores começam a elogiar-nos, recordemos brevemente a multidão dos nossos pecados e reconhecer-nos-emos indignos de tudo o que se diz ou se faz em nossa honra. […] Em geral, os homens simples não se deixam contaminar pelo veneno da vanglória, porque esta consiste na rejeição da simplicidade e num comportamento hipócrita.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, rezemos:
Pela resposta cristã aos desafios da bioética Confira vídeo do Papa
Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.