Quarta-feira, 26 de Abril de 2023
3ª Semana da Páscoa
Leituras:
At 8,1b-8
Sl 65(66),1-3a.4-5.6-7a (R. 1)
Jo 6,35-40
PRIMEIRA LEITURA
Iam por toda a parte, pregando a Palavra.
Leitura dos Atos dos Apóstolos 8,1b-8
1b
Naquele dia começou uma grande perseguição
contra a Igreja de Jerusalém.
E todos, com exceção dos apóstolos, se dispersaram
pelas regiões da Judeia e da Samaria.
2
Algumas pessoas piedosas sepultaram Estêvão
e observaram grande luto por causa dele.
3
Saulo, porém, devastava a Igreja:
entrava nas casas
e arrastava para fora homens e mulheres,
para atirá-los na prisão.
4
Entretanto, aqueles que se tinham dispersado
iam por toda a parte, pregando a Palavra.
5
Filipe desceu a uma cidade da Samaria
e anunciou-lhes o Cristo.
6
As multidões seguiam com atenção
as coisas que Filipe dizia.
E todos unânimes o escutavam,
pois viam os milagres que ele fazia.
7
De muitos possessos saíam os espíritos maus,
dando grandes gritos.
Numerosos paralíticos e aleijados também foram curados.
8
Era grande a alegria naquela cidade.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial
Sl 65(66),1-3a.4-5. 6-7a (R.1)
R. Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira.
Ou: Aleluia, Aleluia, Aleluia.
1
Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, *
2
cantai salmos a seu nome glorioso,
dai a Deus a mais sublime louvação! *
3a
Dizei a Deus: “Como são grandes vossas obras! R.
4
Toda a terra vos adore com respeito *
e proclame o louvor de vosso nome!”
5
Vinde ver todas as obras do Senhor: *
seus prodígios estupendos entre os homens! R.
6
O mar ele mudou em terra firme, *
e passaram pelo rio a pé enxuto.
Exultemos de alegria no Senhor! *
7a Ele domina para sempre com poder!
R.
Aclamação ao Evangelho
cf. Jo 6,40
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem vê o filho e nele crê,
este tem a vida eterna,
e eu o farei ressuscitar no último dia, diz Jesus.
EVANGELHO
Esta é a vontade do meu Pai:
toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,35-40:
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
35
“Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
36
Eu, porém, vos disse
que vós me vistes, mas não acreditais.
37
Todos os que o Pai me confia virão a mim,
e quando vierem, não os afastarei.
38
Pois eu desci do céu
não para fazer a minha vontade,
mas a vontade daquele que me enviou.
39
E esta é a vontade daquele que me enviou:
que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu,
mas os ressuscite no último dia.
40
Pois esta é a vontade do meu Pai:
que toda pessoa que vê o Filho e nele crê
tenha a vida eterna.
E eu o ressuscitarei no último dia”.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Cassiano (c. 360-435)
fundador de mosteiro em Marselha
Sobre a oração, XXIV; SC 54
A união de vontades do Pai e do Filho
Eis o pensamento que Nosso Senhor, na sua humildade, expressava, para nos dar um modelo a imitar: «Pai, se é possível, que este cálice passe sem que Eu o beba. Não se faça, porém, a minha vontade, mas a tua» (Mt 26,39). E, no entanto, a sua vontade não era diferente da do Pai, porque Ele tinha vindo salvar o que estava perdido e dar a sua vida em resgate pela multidão (cf Mt 18,11; 20,28). Ele próprio diz acerca da sua vida: «Ninguém Ma tira; sou Eu próprio que a dou; tenho o poder de a dar e o poder de a retomar» (Jo 10,18).
Sobre a continuada união de vontades que reinava entre Ele e o Pai, o santo rei David põe na sua boca no salmo 39 (v. 9): «Eis que venho para fazer a vossa vontade. Eu o quero, ó meu Deus». É certo que lemos a respeito do Pai: «Deus amou tanto o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigênito» (Jo 3,16); mas encontramos o seguinte a propósito do Filho: «Ele entregou-Se pelos nossos pecados» (Gl 1,4). Sobre o Pai, está dito: «Ele não poupou o seu próprio Filho, mas entregou-O por nós» (Rm 8,32); mas está dito sobre o Filho: «Ofereceu-Se porque quis» (Is 53,7).
Assim, a união de vontades entre o Pai e o Filho é expressa em muitas passagens, incluindo o mistério da ressurreição, onde vemos que tiveram uma e mesma operação; segundo o bem-aventurado apóstolo, foi o Pai que ressuscitou o corpo do Filho: «[…] por Deus Pai, que O ressuscitou dos mortos» (Gl 1,1); mas o Filho também afirma que reconstruirá o templo do seu corpo: «Destruí este Templo e Eu o reconstruirei em três dias» (Jo 2,19). Instruídos pelo exemplo do Senhor, devemos concluir as nossas orações com um voto semelhante ao seu, juntando o seguinte a todas as nossas petições: «Não se faça, porém, a minha vontade, mas a tua» (Mt 26,39).
Somos convidados a rezar com nosso Papa e todos os cristãos na seguinte intenção
POR UMA CULTURA DA NÃO VIOLÊNCIA
Rezemos pela maior difusão de uma cultura da não violência, que implica um cada vez menor recurso às armas, seja da parte dos Estados, seja da parte dos cidadãos.