4ª-feira da 3ª Semana da Quaresma
23 de Março de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Mt 5,17-19
Aquele que praticar e ensinar os mandamentos,
este será considerado grande.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 5,17-19:
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
17 Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas.
Não vim para abolir,
mas para dar-lhes pleno cumprimento.
18 Em verdade, eu vos digo:
antes que o céu e a terra deixem de existir,
nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei,
sem que tudo se cumpra.
l9 Portanto, quem desobedecer
a um só destes mandamentos, por menor que seja,
e ensinar os outros a fazerem o mesmo,
será considerado o menor no Reino dos Céus.
Porém, quem os praticar e ensinar
será considerado grande no Reino dos Céus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Cassiano (c. 360-435)
fundador de mosteiro em Marselha
Sobre a oração, XXII; SC 54
Ó clemência inefável de Deus!
«Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido». Ó clemência inefável de Deus! Para além de nos dar um modelo de oração, para além de instituir a regra de vida pela qual podemos tornar-nos agradáveis a seus olhos, através da fórmula que nos ensina e nos recomenda que utilizemos constantemente na oração, arranca como que por necessidade as raízes da ira e da tristeza. Mas não é tudo. Também nos permite, na própria oração, pedir-Lhe que faça um juízo indulgente e misericordioso sobre nós, dando-nos a possibilidade de suavizar a nossa sentença, levando-O ao perdão pelo exemplo da nossa própria indulgência, quando Lhe dizemos: «Perdoai-nos como nós perdoámos».
Apoiada nesta oração, a pessoa pede perdão das suas faltas com confiança. […] Se queremos ser julgados com clemência, sejamos clementes para com aqueles que nos trataram mal, pois seremos perdoados na medida em que — por grande que tenha sido a sua maldade — perdoarmos àqueles que nos tiverem feito mal. Muitos há que tremem ao pensar nisto e que, quando a Igreja, o povo, recita o pai-nosso a uma só voz, omitem estas palavras, com receio de se condenarem pela sua própria boca, em vez de se desculparem.
Vãs sutilezas, com as quais tentam, em vão, proteger-se aos olhos do Juiz Soberano, que quis mostrar antecipadamente aos que Lho pedem a maneira como os julgará. É por não querer mostrar-Se severo e inexorável conosco que Ele nos assinala a regra dos seus juízos, a fim de que julguemos os nossos irmãos — se nos tiverem feito algum mal — como desejamos ser julgados por Ele.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, rezemos:
Pela resposta cristã aos desafios da bioética – Confira vídeo do Papa
Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.