4ª feira da 1ª Semana do Advento
1 de Dezembro de 2021
Cor: Roxo
Evangelho – Mt 15,29-37
Jesus cura muitos e multiplica os pães.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 15,29-37:
Naquele tempo:
29 Jesus foi para as margens do mar da Galiléia,
subiu a montanha, e sentou-se.
30 Numerosas multidões aproximaram-se dele,
levando consigo coxos, aleijados, cegos, mudos,
e muitos outros doentes.
Então os colocaram aos pés de Jesus. E ele os curou.
31 O povo ficou admirado, quando viu os mudos falando,
os aleijados sendo curados,
os coxos andando e os cegos enxergando.
E glorificaram o Deus de Israel.
32 Jesus chamou seus discípulos e disse:
‘Tenho compaixão da multidão,
porque já faz três dias que está comigo,
e nada tem para comer.
Não quero mandá-los embora com fome,
para que não desmaiem pelo caminho.’
33 Os discípulos disseram:
‘Onde vamos buscar, neste deserto,
tantos pães para saciar tão grande multidão?’
34 Jesus perguntou: ‘Quantos pães tendes?’
Eles responderam: ‘Sete, e alguns peixinhos’.
35 E Jesus mandou que a multidão se sentasse pelo chão.
36 Depois pegou os sete pães e os peixes,
deu graças, partiu-os, e os dava aos discípulos,
e os discípulos, às multidões.
37 Todos comeram, e ficaram satisfeitos.
e encheram sete cestos com os pedaços que sobraram.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Papa Francisco
Homilia de 30/05/2013 (trad. © Libreria Editrice Vaticana, rev)
«Onde iremos buscar, num deserto, pães suficientes para saciar tão grande multidão?»
De onde nasce a multiplicação dos pães? A resposta encontra-se no convite de Jesus aos discípulos: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Lc 9,13) – «dar», compartilhar. Que compartilham os discípulos? O pouco de que dispõem: cinco pães e dois peixes. Mas são precisamente aqueles pães e peixes que, nas mãos do Senhor, saciam toda a multidão. E são exatamente os discípulos, confusos diante da incapacidade dos seus meios, da pobreza daquilo que podem pôr à disposição, que mandam as pessoas acomodar-se e que distribuem — confiando na palavra de Jesus — os pães e os peixes que saciam a multidão. Isto diz-nos que na Igreja, mas também na sociedade, uma palavra-chave da qual não devemos ter receio é «solidariedade», ou seja, saber pôr à disposição de Deus aquilo que temos, as nossas humildes capacidades, porque somente na partilha e no dom a nossa vida será fecunda e dará fruto. Solidariedade: uma palavra mal vista pelo espírito mundano!
Esta tarde, mais uma vez, o Senhor distribui-nos o pão que é o seu corpo, fazendo-Se dom. E também nós experimentamos a solidariedade de Deus para com o homem, uma solidariedade que nunca se esgota, uma solidariedade que não cessa de nos surpreender: Deus faz-Se próximo de nós; humilha-Se no sacrifício da cruz, entrando na obscuridade da morte para nos dar a sua vida, que vence o mal, o egoísmo e a morte. Jesus entrega-Se a nós também esta tarde na Eucaristia, compartilha o nosso caminho, aliás faz-Se alimento, o alimento autêntico que sustenta a nossa vida, também nos momentos em que a vereda se torna árdua, quando os obstáculos diminuem os nossos passos.
E na Eucaristia o Senhor faz-nos percorrer o seu caminho, que é de serviço, de partilha e de dom, e o pouco que temos, o pouco que somos, se for compartilhado, torna-se riqueza, porque o poder de Deus, que é amor, desce até à nossa pobreza para a transformar.
Com o Papa e toda a Igreja, rezemos, neste mês de dezembro:
Intenção pela evangelização – Os catequistas
Rezemos pelos catequistas, chamados a anunciar a Palavra de Deus, para que sejam testemunhas da Palavra com coragem e criatividade na força do Espírito Santo.