Dia 17 de outubro de 2022
Segunda-feira da 29ª Semana do Tempo Comum
Cor litúrgica: Verde
EVANGELHO
E para quem ficará o que tu acumulaste?’
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 12,13-21:
Naquele tempo,
13
alguém, do meio da multidão, disse a Jesus:
“Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”.
14
Jesus respondeu:
“Homem, quem me encarregou de julgar
ou de dividir vossos bens?”
15
E disse-lhes:
“Atenção!
Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas,
a vida de um homem
não consiste na abundância de bens”.
16
E contou-lhes uma parábola:
“A terra de um homem rico
deu uma grande colheita.
17
Ele pensava consigo mesmo:
‘O que vou fazer?
Não tenho onde guardar minha colheita’.
18
Então resolveu:
‘Já sei o que fazer!
Vou derrubar meus celeiros e construir maiores;
neles vou guardar todo o meu trigo,
junto com os meus bens.
19
Então poderei dizer a mim mesmo:
Meu caro,
tu tens uma boa reserva para muitos anos.
Descansa, come, bebe, aproveita!’
20
Mas Deus lhe disse:
‘Louco!
Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida.
E para quem ficará o que tu acumulaste?’
21
Assim acontece
com quem ajunta tesouros para si mesmo,
mas não é rico diante de Deus”.
Palavra da Salvação.
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
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Comentário do dia
Isaac o Sírio (século VII)
monge perto de Mossul
Discursos ascéticos, 1.ª série, n.º 38
«Esta noite terás de entregar a tua alma»
Senhor, torna-me digno de desprezar a minha vida pela vida que há em Ti. A vida neste mundo assemelha-se àqueles que se servem das letras para formar palavras, acrescentando, truncando e mudando as letras a seu bel-prazer. A vida do mundo que há de vir assemelha-se àquilo que está escrito sem o menor erro nos livros selados com o selo real, onde nada há a acrescentar e nada falta.
Portanto, enquanto estivermos no seio da mudança, estejamos atentos a nós próprios. Enquanto tivermos poder sobre o manuscrito da nossa vida, sobre aquilo que escrevemos com as nossas mãos, esforcemo-nos por lhe acrescentar o bem que fazemos e apagar os defeitos da nossa conduta anterior. Enquanto estivermos neste mundo, Deus não coloca o seu selo sobre o bem ou sobre o mal; só o fará na hora do nosso êxodo, quando a obra estiver acabada, no momento da partida. Como disse Santo Efrem, a nossa alma é como um navio pronto para a viagem, mas que não sabe quando virá o vento; ou como um exército, que não sabe quando vai soar a trombeta a anunciar o combate.
Se ele fala assim do navio ou do exército, que esperam uma coisa que talvez nem chegue, quanto mais não teremos nós de nos preparar com antecedência para que não nos surpreenda esse dia em que será lançada a ponte e se abrirá a porta do mundo novo! Cristo, o Mediador da nossa vida, permita que estejamos preparados.
Por uma Igreja aberta a todos
Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.