Dia 14 de novembro de 2022
Segunda-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
Cor litúrgica: Verde
Dia Mundial da Alfabetização, Dia dos Bandeirantes e Dia Mundial do Diabetes
EVANGELHO
O que queres que eu faça por ti?’
Senhor, eu quero enxergar de novo.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 18,35-43:
35
Quando Jesus se aproximava de Jericó,
um cego estava sentado à beira do caminho,
pedindo esmolas.
36
Ouvindo a multidão passar,
ele perguntou o que estava acontecendo.
37
Disseram-lhe que Jesus Nazareno
estava passando por ali.
38
Então o cego gritou:
“Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!”
39
As pessoas que iam na frente
mandavam que ele ficasse calado.
Mas ele gritava mais ainda:
“Filho de Davi, tem piedade de mim!”
40
Jesus parou e mandou que levassem o cego até ele.
Quando o cego chegou perto, Jesus perguntou:
41
“O que queres que eu faça por ti?”
O cego respondeu:
“Senhor, eu quero enxergar de novo”.
42
Jesus disse:
“Enxerga, pois, de novo.
A tua fé te salvou.”
43
No mesmo instante, o cego começou a ver de novo
e seguia Jesus, glorificando a Deus.
Vendo isso, todo o povo deu louvores a Deus.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Rafael Arnaiz Barón (1911-1938)
monge trapista espanhol
Escritos espirituais, carta a sua tia, 16/11/1935
«Recobrou a vista e seguia-O, glorificando a Deus»
Tenho um tesouro tão grande. Quero gritar de alegria e proclamar a toda a Criação: louvai o Senhor, amai o Senhor, que é tão grande, que é Deus. […] O mundo não vê; o mundo está cego e Deus tem necessidade de amor. Deus tem necessidade de muito amor. Não consigo dar-Lhe tudo o que Ele me pede, sou pequeno, estou a enlouquecer, queria tanto que o mundo O amasse, mas o mundo é seu inimigo. Senhor, que grande suplício! Vejo-o e não consigo remediá-lo. Sou demasiado pequeno e insignificante.
O amor que tenho por Ti esmaga-me, queria que os meus irmãos, todos os meus amigos, todo o mundo, Te amasse muito. […] Que pena me fazem os homens que, vendo passar o cortejo de Jesus e dos seus discípulos, ficam insensíveis. Que alegria não sentiriam os apóstolos e os amigos de Jesus de cada vez que uma alma abria os olhos, deixava tudo e se unia a eles, seguindo o Nazareno, a Ele, que não pedia senão um pouco de amor. Vamos segui-lo, minha querida irmã? Ele vê as nossas intenções e olha para nós, sorri e ajuda-nos.
Não há nada a temer; seremos os últimos do cortejo que percorre as terras da Judeia, em silêncio, mas alimentados por um amor enorme, imenso. Não são precisas palavras. Não precisamos de O alcançar para que Ele nos veja. Não precisamos de grandes obras, nem de nada que Lhe chame a atenção: seremos os últimos amigos de Jesus, mas aqueles que O amam mais.
Pelas crianças que sofrem
Rezemos para que as crianças que sofrem – as que vivem na rua, as vítimas das guerras, os órfãos – possam ter acesso à educação e possam redescobrir o afeto de uma família.