2º Domingo da Quaresma
13 de Março de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Lc 9,28b-36
Enquanto Jesus rezava, seu rosto mudou de aparência
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 9,28b-36:
Naquele tempo:
28b Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago,
e subiu à montanha para rezar.
29 Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência
e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
30 Eis que dois homens estavam conversando com Jesus:
eram Moisés e Elias.
31 Eles apareceram revestidos de glória
e conversavam sobre a morte,
que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
32 Pedro e os companheiros estavam com muito sono.
Ao despertarem, viram a glória de Jesus
e os dois homens que estavam com ele.
33 E quando estes homens se iam afastando,
Pedro disse a Jesus: ‘Mestre, é bom estarmos aqui.
Vamos fazer três tendas:
uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.’
Pedro não sabia o que estava dizendo.
34 Ele estava ainda falando,
quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra.
Os discípulos ficaram com medo
ao entrarem dentro da nuvem.
35 Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia:
‘Este é o meu Filho, o Escolhido.
Escutai o que ele diz!’
36 Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho.
Os discípulos ficaram calados
e naqueles dias não contaram a ninguém
nada do que tinham visto.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Francisco de Sales (1567-1622)
bispo de Genebra, doutor da Igreja
Sermão para o 2.º Domingo da Quaresma, 20.02.1622
«Como é bom estarmos aqui»
Os apóstolos viram a face do Senhor mais refulgente que o sol; esta claridade, esta glória, refletiu-se nas suas vestes, para mostrar que não era pequena, mas se comunicava às suas vestes e a tudo o que O rodeava. Ele permitiu-nos ver uma pequena amostra da felicidade eterna, uma gota desse oceano e desse mar de incomparável felicidade, para nos levar a desejá-lo por inteiro; de tal maneira que São Pedro, falando por todos como seu chefe, exclamou, emocionado de alegria e de consolo: «Como é bom estarmos aqui»; como se dissesse: «Já vi muitas coisas, mas nada me pareceu tão desejável como estar aqui».
Os três discípulos também viram Moisés e Elias, que nunca tinham visto, mas que reconheceram na perfeição […], conversando com o divino Mestre sobre a sua partida, que teria lugar em Jerusalém; partida que é a sua morte, que Ele haveria de sofrer por amor. E, após aquela conversa, os apóstolos ouviram a voz do Pai eterno a dizer: «Este é o meu Filho, o meu Eleito: escutai-O». Começo por observar que, na felicidade eterna, nos conheceremos todos uns aos outros, pois, nessa pequena amostra que o Salvador deu aos seus apóstolos, quis que eles reconhecessem Moisés e Elias, que nunca tinham visto. Se assim é, meu Deus, que contentamento teremos vendo aqueles que tanto amámos nesta vida! […]
As amizades que foram boas nesta vida prolongar-se-ão eternamente na outra. Amaremos certas pessoas em particular, mas tais amizades não darão origem a parcialidades, pois todos os nossos afetos receberão a sua força da caridade de Deus, que, conduzindo-os a todos, fará com que amemos cada bem-aventurado com o amor eterno com que fomos amados pela divina Majestade. […] E de que falaremos na Jerusalém celeste? […] Das misericórdias que o Senhor teve conosco neste mundo, pelas quais nos tornou capazes de entrar na posse de uma felicidade tal, que basta só por si. Pois nesta felicidade estará incluído todo o tipo de bens, que são um único bem, o bem da posse de Deus na felicidade eterna.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de março, rezemos:
Pela resposta cristã aos desafios da bioética
Rezemos para que nós, cristãos, diante dos novos desafios da bioética, promovamos sempre a defesa da vida com a oração e a ação social.