Dia 10 de outubro de 2022
Segunda-feira da 28ª Semana do Tempo Comum
Cor litúrgica: Verde
EVANGELHO
Nenhum sinal será dado a esta geração
a não ser o sinal de Jonas.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 11,29-32:
Naquele tempo,
29
quando as multidões se reuniram
em grande quantidade,
Jesus começou a dizer:
“Esta geração é uma geração má.
Ela busca um sinal,
mas nenhum sinal lhe será dado,
a não ser o sinal de Jonas.
30
Com efeito, assim como Jonas
foi um sinal para os ninivitas,
assim também será o Filho do Homem
para esta geração.
31
No dia do julgamento,
a rainha do Sul se levantará
juntamente com os homens desta geração,
e os condenará.
Porque ela veio de uma terra distante
para ouvir a sabedoria de Salomão.
E aqui está quem é maior do que Salomão.
32
No dia do julgamento,
os ninivitas se levantarão
juntamente com esta geração e a condenarão.
Porque eles se converteram
quando ouviram a pregação de Jonas.
E aqui está quem é maior do que Jonas”.
Palavra da Salvação.
(Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – © Todos os direitos reservados)
Comentário do dia .
São Pedro Crisólogo (c. 406-450)
bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 3; PL 52, 303-306
«Esta geração […] pede um sinal»
O próprio Jonas pede que o atirem para fora
do barco: «Pegai em mim e lançai-me ao mar» (Jn 1,12), simbolizando assim a Paixão voluntária do Senhor. […] Mas eis que surge um monstro das profundezas, eis que se aproxima um grande peixe que vai realizar e expressar plenamente a ressurreição do Senhor, ou melhor, engendrar esse mistério. Eis o monstro, imagem terrível do inferno, que, quando abre a garganta faminta para o profeta, prova e assimila o poder do seu Criador e, ao devorá-lo, se compromete na verdade a nunca mais devorar ninguém.
A temível morada das suas entranhas prepara a morada para o Visitante que virá do alto; de tal maneira que aquilo que fora causa de desgraça se torna barca impensável para uma travessia necessária, retendo o passageiro e expulsando-o na margem três dias depois. Assim era dado aos pagãos o que tinha sido arrancado aos inimigos de Cristo. E aos que pediram um sinal, o Senhor achou por bem dar-lhes apenas esse símbolo, pelo qual compreenderiam que a glória que esperavam receber de Cristo também devia ser dada aos pagãos. […]
Pela malícia dos seus inimigos, Cristo foi mergulhado nas profundezas do caos que é a morada dos mortos; durante três dias, percorreu todos os recantos desta morada (cf 1Pe 3,19). E quando ressuscitou, ao mesmo tempo que destruiu a maldade dos seus inimigos, fez brilhar a sua própria grandeza e o seu triunfo sobre a morte. É justo, pois, que os habitantes de Nínive se elevem no dia do juízo para condenar esta geração, pois eles converteram-se pela proclamação de um só profeta naufragado, estrangeiro, desconhecido; enquanto as pessoas desta geração, depois de tantas obras admiráveis e tantos milagres, incluindo o brilho da ressurreição, não se tornaram crentes nem se converteram.
Por uma Igreja aberta a todos
Rezemos para que a Igreja, fiel ao Evangelho e corajosa no anúncio, seja um lugar de solidariedade, de fraternidade e de acolhimento, vivendo cada vez mais a sinodalidade.