Segunda-feira, 7 de Agosto de 2023
18ª Semana do Tempo Comum, Ano Ímpar (I)
Leituras:
Nm 11,4b-15
Sl 80(81),12-13.14-15.16-17 (R. 2a)
Mt 14,22-36
PRIMEIRA LEITURA
Não posso suportar sozinho o peso de todo este povo.
Leitura do Livro dos Números 11,4b-15:
Naqueles dias,
4b
Os filhos de Israel
começaram a lamentar-se, dizendo:
“Quem nos dará carne para comer?
5
Vêm-nos à memória
os peixes que comíamos de graça no Egito ,
os pepinos e os melões,
as verduras, as cebolas e os alhos.
6
Aqui nada tem gosto ao nosso paladar,
não vemos outra coisa a não ser o maná”.
7
O maná era parecido com a semente do coentro
e amarelado como certa resina.
8
O povo se dispersava para o recolher
e o moía num moinho, ou socava num pilão.
Depois o cozinhavam numa panela
e faziam broas
com gosto de pão amassado com azeite.
9
À noite, quando o orvalho caía no acampamento,
caía também o maná.
10
Moisés ouviu, pois,
o povo lamentar-se em cada família,
cada um à entrada de sua tenda.
11
Então o Senhor tomou-se de uma cólera violenta,
e Moisés, achando também tal coisa intolerável,
disse ao Senhor:
“Por que maltrataste assim o teu povo?
Por que gozo tão pouco do teu favor,
a ponto de descarregares sobre mim
o peso de todo este povo?
12
Acaso fui eu quem concebeu
e deu à luz todo este povo,
para que me digas:
‘Carrega-o ao colo,
como a ama costuma fazer com a criança;
e leva-o à terra que juraste dar a seus pais!’
13
Onde conseguirei carne para dar a toda esta gente?
Pois se lamentam contra mim, dizendo:
‘Dá-nos carne para comer!’.
14
Já não posso suportar sozinho
o peso de todo este povo:
é grande demais para mim.
15
Se queres continuar a tratar-me assim,
peço-te que me tires a vida,
se achei graça a teus olhos,
para que eu não veja mais tamanha desgraça”.
Palavra do Senhor.
Salmo responsorial Sl 80(81),12-13.14-15.16-17 (R. 2a)
R. Exultai no Senhor, nossa força.
12
Mas meu povo não ouviu a minha voz, *
Israel não quis saber de obedecer-me.
13
Deixei, então, que eles seguissem seus caprichos, *
abandonei-os ao seu duro coração. R.
14
Quem me dera que meu povo me escutasse! *
Que Israel andasse sempre em meus caminhos!
15
Seus inimigos, sem demora, humilharia *
e voltaria minha mão contra o opressor. R.
16
Os que odeiam o Senhor, o adulariam, *
seria este seu destino para sempre;
17
eu lhe daria de comer a flor do trigo, *
e com o mel que sai da rocha o fartaria. R.
Aclamação ao Evangelho Mt 4,4b
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O homem não vive somente de pão
mas de toda palavra da boca de Deus.
EVANGELHO
Ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção.
Em seguida partiu os pães, e os deu aos discípulos.
Os discípulos os distribuíram às multidões.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 14,13-21:
Naquele tempo,
13
quando soube da morte de João Batista,
Jesus partiu e foi de barco
para um lugar deserto e afastado.
Mas quando as multidões souberam disso,
saíram das cidades e o seguiram a pé.
14
Ao sair da barca, Jesus viu uma grande multidão.
Encheu-se de compaixão por eles
e curou os que estavam doentes.
15
Ao entardecer,
os discípulos aproximaram-se de Jesus
e disseram:
“Este lugar é deserto
e a hora já está adiantada.
Despede as multidões,
para que possam ir aos povoados comprar comida!”
16
Jesus porém lhes disse:
“Eles não precisam ir embora.
Dai-lhes vós mesmos de comer!”
17
Os discípulos responderam:
“Só temos aqui cinco pães e dois peixes”.
18
Jesus disse:
“Trazei-os aqui”.
19
Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama.
Então pegou os cinco pães e os dois peixes,
ergueu os olhos para o céu
e pronunciou a bênção.
Em seguida partiu os pães,
e os deu aos discípulos.
Os discípulos os distribuíram às multidões.
20
Todos comeram e ficaram satisfeitos,
e dos pedaços que sobraram,
recolheram ainda doze cestos cheios.
21
E os que haviam comido
eram mais ou menos cinco mil homens,
sem contar mulheres e crianças.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
Livro das Horas do Sinai (século IX)
Cânone da meia-noite, 4.ª Ode; SC 486
No meio do mar desta vida, estende-me a tua mão, Senhor!
O profeta ouviu-Te chegar, Senhor, e encheu-se de temor ao pensar que nascerias de uma virgem e aparecerias aos homens, por isso disse: «Ouvi o que disseste e enchi-me de temor, glória ao teu poder!». Pequei, não Te fui fiel, levei a tua majestade ao limite, ó Compassivo, e afundei-me no abismo do desespero; mas mostra-Te a meio da noite, como fizeste outrora aos discípulos caminhando sobre as águas, ó Verbo, e dá-me a serenidade divina.
A minha alma está nas tuas mãos. Meu Deus e meu socorro, só Tu perscrutas os rins e o coração, Tu conheces todas as minhas reflexões, Tu conheces as ondas, a tempestade, o tumulto dos meus pensamentos; mas eu vi-Te caminhar, ainda agora, sobre as águas agitadas do meu coração. Eis que desejei os teus preceitos, faz-me viver na tua justiça.
Perdoa-me, meu Criador, sê indulgente, Tu que me formaste, tem piedade de mim, deixa-Te dobrar, sê misericordioso e compassivo, e já que estou mergulhado no mar desta vida, estende-me a tua mão verdadeiramente divina e, como a Pedro, puxa-me para Ti. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. O profeta viu-te, Menina, qual candelabro de sete chamas portador do fogo do conhecimento de Deus, fazendo-o brilhar sobre aqueles que estão em perigo nas trevas da ignorância, ó Imaculada, e por isso eu clamo: «Suplico-te que me ilumines».
PELA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE
Rezemos para que a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa ajude os jovens a pôr-se a caminho, testemunhando o Evangelho com a própria vida.