Domingo de Pentecostes – Solenidade
05 de junho de 2022
Côr litúrgica: Vermelho
EVANGELHO
Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio:
Recebei o Espírito Santo!
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23:
19
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas, por medo dos judeus,
as portas do lugar onde os discípulos se encontravam,
Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: “A paz esteja convosco”.
20
Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21
Novamente, Jesus disse:
“A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio”.
22
E depois de ter dito isso,
soprou sobre eles e disse:
“Recebei o Espírito Santo.
23
A quem perdoardes os pecados,
eles lhes serão perdoados;
a quem os não perdoardes,
eles lhes serão retidos”.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Bernardo (1091-1153)
monge cisterciense, doutor da Igreja
1.º Sermão para o Pentecostes, 1-2
«Eu pedirei ao Pai, que vos dará outro Paráclito»
Não há nada tão manso ou suave em Deus como o seu Espírito Santo; Ele é a própria bondade de Deus; Ele é Deus. […] Ao princípio – era necessário que assim fosse –, o Espírito invisível manifestou a sua vinda através de sinais visíveis. Mas hoje, quanto mais espirituais são os sinais, mais convenientes são e mais parecem dignos do Espírito Santo. Assim, Ele veio sobre os apóstolos sob a forma de línguas de fogo, a fim de que eles anunciassem a todos os povos palavras de fogo e que pregassem com língua de fogo uma lei de fogo. Que ninguém se queixe por o Espírito não Se nos manifestar da mesma forma. «A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum» (1Cor 12,7).
Será necessário dizê-lo? — foi mais para nós do que para os apóstolos que esta manifestação teve lugar. Com efeito, de que lhes teria servido falar línguas estrangeiras se não fosse para converter os povos? Mas houve outra revelação que os tocou intimamente e ainda hoje é assim que o Espírito Se manifesta em nós. Ficou claro para todos que eles tinham sido revestidos da «força do alto» (Lc 24,49) porque, de um espírito tão medroso, passaram ter a uma grande segurança. Deixaram de fugir, deixaram de se esconder por receio; passaram então a empregar mais energia na pregação do que a que tinham empregado para fugir. Esta transformação foi obra do Altíssimo, como é claramente visível em Pedro, o príncipe dos apóstolos: se ontem se assustara à voz de uma criada (cf Mt 26,69), agora está inabalável diante das ameaças dos sumos-sacerdotes. «Os apóstolos saíram da presença do Sinédrio cheios de alegria, por terem merecido serem ultrajados por causa do nome de Jesus» (At 5,41).
No entanto, havia ainda pouco, ao levarem Jesus ao sinédrio, tinham-se posto em fuga e tinham-no abandonado. Quem poderia duvidar da vinda do Espírito de fortaleza, cujo poder invisível lhes iluminara os corações? Da mesma forma, o que o Espírito opera em nós presta testemunho da sua presença em nós.
Neste mês de junho, com o Papa e toda a Igreja, rezemos pelas famílias – Vídeo do Papa
Rezemos pelas famílias cristãs de todo o mundo, para que com gestos concretos vivam a gratuidade do amor e a santidade na vida quotidiana.