4ª-feira da 31ª Semana Do Tempo Comum
3 de Novembro de 2021
Cor: Verde
Evangelho – Lc 14,25-33
Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo
o que tem, não pode ser meu discípulo!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 14,25-33:
Naquele tempo:
25 Grandes multidões acompanhavam Jesus.
Voltando-se, ele lhes disse:
26 ‘Se alguém vem a mim, mas não se desapega
de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos,
seus irmãos e suas irmãs e até da sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.
27 Quem não carrega sua cruz e não caminha atrás de mim,
não pode ser meu discípulo.
28 Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre,
não se senta primeiro e calcula os gastos,
para ver se tem o suficiente para terminar?
Caso contrário,
29 ele vai lançar o alicerce e não será capaz de acabar.
E todos os que virem isso começarão a caçoar, dizendo:
30 ‘Este homem começou a construir
e não foi capaz de acabar!’
31 Ou ainda:
Qual o rei que ao sair para guerrear com outro,
não se senta primeiro e examina bem
se com dez mil homens poderá enfrentar o outro
que marcha contra ele com vinte mil?
32 Se ele vê que não pode,
enquanto o outro rei ainda está longe,
envia mensageiros para negociar as condições de paz.
33 Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós,
se não renunciar a tudo o que tem,
não pode ser meu discípulo!’
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Cassiano (c. 360-435)
fundador de mosteiro em Marselha
Conferências 3, 6-7
Renunciar a todos os bens
Segundo a tradição dos Padres e a autoridade das Sagradas Escrituras, as renúncias são em número de três. […] A primeira diz respeito às coisas materiais e consiste em desprezar as riquezas e todos os bens deste mundo. Pela segunda, repudiamos a nossa antiga maneira de viver, os vícios e as paixões da alma e da carne. Pela terceira, distanciamos o nosso espírito de todas as realidades presentes e visíveis, para contemplarmos apenas as realidades futuras e apenas desejarmos as realidades invisíveis.
Estas renúncias devem ser observadas em conjunto, como o Senhor ordenou a Abraão quando lhe disse: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai» (Gn 12,1). «Deixa a tua terra», isto é, as riquezas da terra, disse-lhe em primeiro lugar. Em segundo lugar, disse-lhe: «Deixa a tua família», isto é, os hábitos e os vícios passados que, agregando-se a nós desde o dia em que nascemos, estão estreitamente unidos a nós por uma espécie de parentesco. E em terceiro lugar: «Deixa a casa de teu pai», quer dizer, todas as ligações a este mundo que se apresentam aos nossos olhos. […] Contemplemos, como diz o Apóstolo Paulo, «não as coisas visíveis, mas as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas» (2Cor 4,18) […]; «nós, porém, somos cidadãos do Céu» (Fil 3,20). […]
Saiamos, pois, da casa do nosso antigo pai, daquele que foi nosso pai segundo o homem velho desde o dia em que nascemos, quando «éramos por natureza filhos da ira, como os demais» (Ef 2,3), para transferirmos toda a atenção do nosso espírito para as coisas celestes. […] Então, a nossa alma elevar-se-á até ao mundo invisível, pela meditação constante das coisas de Deus e a contemplação espiritual.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de Novembro, rezemos
Intenção de oração universal – As pessoas que sofrem de depressão
Rezemos a fim de que as pessoas que sofrem de depressão ou de esgotamento encontrem em todos um apoio e uma luz que as abra para a vida.