5ª-feira da 4ª Semana Do Tempo Comum
3 de Fevereiro de 2022
Cor: Verde
Evangelho – Mc 6,7-13
Começou a enviá-los.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 6,7-13:
Naquele tempo:
7 Jesus chamou os doze,
e começou a enviá-los dois a dois,
dando-lhes poder sobre os espíritos impuros.
8 Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho,
a não ser um cajado;
nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9 Mandou que andassem de sandálias
e que não levassem duas túnicas.
10 E Jesus disse ainda:
‘Quando entrardes numa casa,
ficai ali até vossa partida.
11 Se em algum lugar não vos receberem,
nem quiserem vos escutar, quando sairdes,
sacudi a poeira dos pés, como testemunho contra eles!’
12 Então os doze partiram
e pregaram que todos se convertessem.
13 Expulsavam muitos demônios
e curavam numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Cassiano (c. 360-435)
fundador de mosteiro em Marselha
Sobre os carismas divinos, cap. I; SC 54
A natureza do dom de cura
A tradição dos antigos ensina-nos que a natureza dos carismas espirituais se reveste de uma tríplice forma. A primeira causa do dom de cura é o mérito da santidade: a graça dos milagres acompanha todos os eleitos e os justos. É bem claro, por exemplo, que os apóstolos e muitos santos realizaram sinais e prodígios, segundo o mandamento do Senhor: «Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demónios; recebestes de graça, dai de graça» (Mt 10,8). A segunda é a edificação da Igreja, ou para recompensa da fé, quer daqueles que apresentam os seus doentes, quer dos próprios doentes; a virtude de curar pode proceder até de homens pecadores e indignos. […] Pelo contrário, a falta de fé dos doentes ou daqueles que os apresentam não permite que aqueles que receberam o dom da cura exerçam esse poder. Sobre isso, diz o evangelista São Marcos (6,5-6): «Jesus não pôde ali fazer muitos milagres e estava admirado com a falta de fé daquela gente». O terceiro tipo de cura é um jogo e uma habilidade dos demónios. […] Diz o evangelho: «Haverá falsos messias e falsos profetas, que farão grandes sinais e prodígios, a ponto de induzirem em erro, se fosse possível, os próprios eleitos» (Mc 24,24). Por isso, não devemos admirar os milagres daqueles que dão nas vistas, mas considerar se procuram corrigir os seus vícios e emendar a própria vida. Este benefício não se alcança pela fé de terceiros nem por causas estranhas, mas é dado a cada um pela graça divina, na proporção do seu zelo.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de fevereiro, rezemos na seguinte intenção:
Pelas religiosas e consagradas – Veja vídeo do Papa
Rezemos pelas religiosas e consagradas, agradecendo-lhes a sua missão e a sua coragem, para que continuem a encontrar novas respostas diante dos desafios do nosso tempo.