Sábado da 4ª Semana da Quaresma
2 de Abril de 2022
Cor: Roxo
Evangelho – Jo 7,40-53
Porventura o Messias virá da Galiléia?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 7,40-53:
Naquele tempo:
40 Ao ouvirem as palavras de Jesus,
algumas pessoas da multidão diziam:
‘Este é, verdadeiramente, o Profeta.’
41 Outros diziam: ‘Ele é o Messias’.
Mas alguns objetavam:
Porventura o Messias virá da Galiléia?
42 Não diz a Escritura que o Messias
será da descendência de Davi
e virá de Belém, povoado de onde era Davi?’
43 Assim, houve divisão no meio do povo
por causa de Jesus.
44 Alguns queriam prendê-lo,
mas ninguém pôs as mãos nele.
45 Então, os guardas do Templo
voltaram para os sumos sacerdotes e os fariseus,
e estes lhes perguntaram:
‘Por que não o trouxestes?’
46 Os guardas responderam:
‘Ninguém jamais falou como este homem.’
47 Então os fariseus disseram-lhes:
‘Também vós vos deixastes enganar?
Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele?
49 Mas esta gente que não conhece a Lei,
é maldita!’
50 Nicodemos, porém, um dos fariseus,
aquele que se tinha encontrado com Jesus anteriormente,
disse:
51 ‘Será que a nossa Lei julga alguém,
antes de o ouvir e saber o que ele fez?’
52 Eles responderam:
‘Também tu és galileu, porventura?
Vai estudar e verás que da Galiléia não surge profeta.’
53 E cada um voltou para sua casa.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São João Paulo II (1920-2005)
papa
Encíclica «Dives in Misericordia» § 8
«Houve assim desacordo entre a multidão a respeito de Jesus»
No mistério pascal, são superadas as barreiras do mal multiforme de que o homem se torna participante durante a sua existência terrena. Com efeito, a cruz de Cristo faz-nos compreender as mais profundas raízes do mal, que mergulham no pecado e na morte, e também ela se torna sinal escatológico. Somente na realização escatológica e na definitiva renovação do mundo o amor vencerá, em todos os eleitos, o mal, nas suas fontes mais profundas. […] Na realização escatológica, a misericórdia revelar-se-á como amor, enquanto no tempo, na história humana, que é conjuntamente história de pecado e de morte, o amor deve revelar-se sobretudo como misericórdia e realizar-se também como tal.
O programa messiânico de Cristo — programa de misericórdia — torna-se o programa do seu povo, da Igreja. No centro deste programa está sempre a cruz, porque nela a revelação do amor misericordioso atinge o ponto culminante. […] Cristo, o Crucificado, é o Verbo que não passa (cf Mt 24,35). É o que está à porta e bate ao coração de cada homem (cf Ap 3,20), sem cortar a sua liberdade, mas procurando fazer irromper dela o amor; amor que é não apenas um ato de união com o Filho do homem que sofre, mas também, de certo modo, uma forma de «misericórdia» de cada um de nós pelo Filho do Eterno Pai.
De nenhuma outra maneira pode a dignidade do homem ser mais respeitada e engrandecida que em todo o programa messiânico de Cristo, em toda a revelação da misericórdia pela cruz, já que o homem, se é objeto da misericórdia, é também, em certo sentido, aquele que, ao mesmo tempo, «exerce a misericórdia».
Pelo pessoal de saúde
Rezemos para que o compromisso do pessoal de saúde na assistência às pessoas doentes e aos idosos, sobretudo nos países pobres, seja apoiado pelos governos e pelas comunidades locais.