«Tu lhe perdoarás» – São Cipriano (c. 200-258), bispo de Cartago e mártir – «Os benefícios da paciência», 15-16 ; cf SC 291

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2ª-feira da 32ª Semana Do Tempo Comum
11 de Novembro de 2019

Ofício próprio da memória. Missa própria: Pf comum ou dos Pastores.
Cor: Verde

 

Evangelho – Lc 17,1-6
Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia, e sete vezes
vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’, tu deves perdoá-lo.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 17,1-6

Naquele tempo:
1 Jesus disse a seus discípulos:
‘É inevitável que aconteçam escândalos.
Mas ai daquele que produz escândalos!
2 Seria melhor para ele
que lhe amarrassem uma pedra de moinho no pescoço
e o jogassem no mar,
do que escandalizar um desses pequeninos.
3 Prestai atenção:
se o teu irmão pecar, repreende-o
Se ele se converter, perdoa-lhe.
4 Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia,
e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’,
tu deves perdoá-lo.’
5 Os apóstolos disseram ao Senhor:
‘Aumenta a nossa fé!’
6 O Senhor respondeu:
‘Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda,
poderíeis dizer a esta amoreira:
‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’,
e ela vos obedeceria.

Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia 
São Cipriano (c. 200-258)
bispo de Cartago e mártir
«Os benefícios da paciência», 15-16 ; cf SC 291

«Tu lhe perdoarás»

 

«A caridade tudo ama, tudo crê, tudo espera, tudo suporta» (1Cor 13,7). O apóstolo Paulo mostra-nos que, se esta virtude se pode manter com tal firmeza, é por ter sido mergulhada numa paciência a toda a prova; pois ele diz ainda: «Suportai-vos uns aos outros no amor, fazendo tudo o que está ao vosso alcance para guardar a unidade do espírito, no vínculo da paz» (Ef 4,2).

Não é possível manter a unidade nem a paz se os irmãos não se aplicarem a guardar a mútua tolerância e os laços da concórdia, pela paciência. Esta consiste em não insultar nem amaldiçoar, não reclamar o que nos tirarem, apresentar a outra face a quem nos bater, perdoar ao irmão que pecou contra nós, não só setenta vezes sete vezes, mas esquecendo todos os seus erros, amar os nossos inimigos, rezar pelos nossos adversários e pelos que nos perseguem.

Como conseguiremos cumprir tudo isto se não formos firmemente pacientes e tolerantes? Foi o que fez Santo Estêvão quando, em vez de clamar por vingança, pediu perdão para os seus carrascos, dizendo: «Senhor, não lhes imputes este pecado» (At 7,60).

Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de novembro rezemos na seguinte intenção:
Universal: Para que no Próximo Oriente, no qual diversas tradições religiosas partilham o mesmo espaço de vida, nasça um espírito de diálogo, de encontro e de reconciliação.

 

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