6ª-feira da 31ª Semana Do Tempo Comum
8 de Novembro de 2019
Ofício do dia de semana e Missa à escolha.
Cor: Verde
Evangelho – Lc 16,1-8
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16,1-8:
Naquele tempo:
1 Jesus disse aos discípulos:
‘Um homem rico tinha um administrador
que foi acusado de esbanjar os seus bens.
2 Ele o chamou e lhe disse:
‘Que é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração,
pois já não podes mais administrar meus bens’.
3 O administrador então começou a refletir:
‘O senhor vai me tirar a administração.
Que vou fazer?
Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.
4 Ah! Já sei o que fazer,
para que alguém me receba em sua casa
quando eu for afastado da administração’.
5 Então ele chamou cada um
dos que estavam devendo ao seu patrão.
E perguntou ao primeiro:
‘Quanto deves ao meu patrão?’
6 Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’
O administrador disse:
‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinqüenta!’
7 Depois ele perguntou a outro:
‘E tu, quanto deves?’
Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’.
O administrador disse:
‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
8 E o senhor elogiou o administrador desonesto,
porque ele agiu com esperteza.
Com efeito, os filhos deste mundo
são mais espertos em seus negócios
do que os filhos da luz.
Palavra da Salvação.
Comentário do dia
São Josemaría Escrivá de Balaguer (1902-1975)
presbítero, fundador
Homilia de «Cristo que passa» §§ 48-49
Trabalhar com as próprias mãos, para fazer o bem
Convém não esquecer, portanto, que esta dignidade do trabalho está fundamentada no amor. […] O homem não pode limitar-se a fazer coisas, a construir objetos. O trabalho nasce do amor, manifesta o amor, ordena-se ao amor. Não reconhecemos Deus apenas no espetáculo da Natureza, mas também na experiência do nosso próprio trabalho, do nosso esforço. Deste modo, o trabalho é ação de graças, porque nos sabemos colocados por Deus na Terra, amados por Ele, herdeiros das suas promessas. É justo que se nos diga: «Quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus» (1Cor 10,31).
O trabalho é também apostolado, ocasião de entrega aos outros homens, para lhes revelar Cristo e os levar a Deus Pai, consequência da caridade que o Espírito Santo derrama nas almas. Entre as indicações que São Paulo dá aos cristãos de Éfeso sobre a forma como deve manifestar-se a mudança que representou para eles a sua conversão, […] encontramos esta: «O que furtava, não furte mais, mas trabalhe, ocupando-se com as suas mãos nalguma tarefa honesta, para ter com que ajudar quem tiver necessidade» (Ef 4,28). Os homens têm necessidade do pão da terra, que sustenta as suas vidas, e também do pão do Céu, que ilumina e dá calor aos seus corações. Com o vosso próprio trabalho, com as iniciativas que se promovam a partir dessa ocupação, nas vossas conversas, no convívio com os outros, podeis e deveis concretizar esse preceito apostólico.
Se trabalharmos com este espírito, a nossa vida, no meio das limitações próprias da condição terrena, será uma antecipação da glória do Céu, dessa comunidade com Deus e com os santos na qual só reinará o amor, a entrega, a fidelidade, a amizade, a alegria. Na vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de Cristo.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de novembro rezemos na seguinte intenção:
Universal: Para que no Próximo Oriente, no qual diversas tradições religiosas partilham o mesmo espaço de vida, nasça um espírito de diálogo, de encontro e de reconciliação.