O protetor anual dos missionários e das missionárias da Consolata em 2021 será São José Gabriel del Rosario Brochero, sacerdote argentino.
Por Paulo Mzé
No dia 31de outubro, na festa litúrgica da Bem-aventurada Irene Stefani, MC, o padre geral dos Missionários da Consolata e a madre geral das Missionárias da Consolata, anunciaram o nome do Protetor Anual das duas congregações para o ano de 2021.
O padre Stefano Camerlengo e a madre Simona Brambila, em Roma e Nepi, respectivamente, deram a conhecer que o ano de 2021 será dedicado a São José Gabriel del Rosario Brochero, sacerdote argentino da arquidiocese de Córdoba, como protetor anual.
O Cura Brochedo, tal como ficou conhecido, nos faz lembrar o que o pai fundador, o Bem-aventurado José Allamano dizia: “primeiro santos, depois missionários”. O Cura Brochero, pela prática dos Exercícios Espirituais herdou a espiritualidade de Santo Inácio de Loyola. Os superiores observam que a grandeza de Cura Brochero está em ter sabido unir o espiritual ao social, fazendo-se valer de uma linguagem simples e acessível a todos para compreender a mensagem cristã. Foi sempre solícito nas visitas aos doentes, porque estava convicto de que a enfermidade põe em risco a fé.
Três Frentes
Enfim, o ministério sacerdotal do Cura Brochero se distingue em três frentes: como colaborador pastoral na catedral de Córdoba, como prefeito de estudos no seminário maior e como incansável servidor durante a epidemia de cólera na cidade de Córdoba, no ano de 1867.
Em 14 de setembro de 2013, por ocasião da beatificação do Cura Brochero, o papa Francisco escreveu: “O Cura Brochero tem a relevância do Evangelho e é o pioneiro em ir para as periferias geográficas e existenciais, para levar a todos o amor e a misericórdia de Deus. Ele não ficou no escritório da paróquia e à força de sair em busca das pessoas cavalgando a sua mula, ficou doente…”
Em meio à pandemia de coronavírus, como fez a Bem-aventurada Irene Stefani, também o Cura Brochero nos instiga a sermos missionários da caridade com os refugiados, imigrantes ou com os flagelados por conflitos, guerras e fome.
José Gabriel nasceu em Santa Rosa de Rio Primero (Córdoba, Argentina) a 16 de março de 1840, filho de Inácio e Petrona Davila. Aos 16 anos decidiu entrar para o seminário de “Nossa Senhora de Loreto”. Foi ordenado presbítero pelo bispo Joseph Vincent Ramirez de Arellano, no dia 4 de novembro de 1866. Em 1869 foi feito pároco de San Alberto, onde melhorou a vida dos seus paroquianos espiritual e socialmente. Foi lá que teve como nome “el cura gaúcho” (o padre gaúcho) por ter viajado bastante no dorso de uma mula para se aproximar de todos.
Tendo sido reclamado pela gente da sua paróquia, regressou à sua cidade natal, morrendo aos 26 de janeiro de 1914, na cidade de Villa del Trânsito, que dois anos mais tarde viria a se chamar Villa Cura Brochero, em sua homenagem.
São João Paulo II o proclamou Venerável. Foi declarado Bem-aventurado pelo papa Francisco. E a sua canonização aconteceu aos 16 de outubro de 2016. Os restos mortais de São José Gabriel são venerados no Santuário de Nossa Senhora do Trânsito, em Villa Cura Brochero. A sua memória litúrgica é 16 de março.