Inês nasceu em 28 de janeiro de 1268, na aldeia de Graciano, próximo à cidade de Montepulciano, que depois lhe serviu de sobrenome. Era filha de pais riquíssimos, da família dos Segni. Mas sua vocação deve ter se manifestado quando ainda era criança, pois mal aprendera a falar e já ficava pelos cantos, recitando orações, procurando lugares silenciosos para conversar com Deus.
Não tinha ainda seis anos quando manifestou aos pais o desejo de tornar-se religiosa e, com nove anos, já estava entregue aos cuidados das Religiosas de São Domingos. Entretanto, não foi só isso. Ainda não completara dezesseis anos de idade quando suas Irmãs de convento a elegeram superiora e o Papa Nicolau VI referendou essa decisão incomum.
Contudo, sua atuação no cristianismo fica bem demonstrada com uma vitória histórica que muito contribuiu para a sua canonização. Existia em Montepulciano uma casa que várias mulheres utilizavam como prostíbulo. Inês começou a dizer às religiosas que um dia transformaria aquela casa em convento.
Partindo dela, prometer, lutar e conseguir não era surpresa para ninguém. A surpresa foi ter conseguido ir além do prometido, tanto influenciou as mulheres que as pecadoras se converteram e a casa se transformou num convento exemplar na ordem e na virtude.
Como não podia deixar de ser numa vida tão explosiva como um raio, a morte também lhe veio precocemente. Não tinha completado cinquenta anos de idade quando uma dolorosa doença a acometeu e ela morreu rapidamente, no dia 20 de abril de 1317, assim como acontecera com as outras etapas da sua vida.
O local da sua sepultura se tornou alvo de peregrinações, com muitas graças ocorrendo pela intercessão de santa Inês de Pulciano, como passou a ser chamada. Ali foram registradas curas de doentes, a conversão de grandes e famosos pecadores e outros fatos prodigiosos. Inês de Montepulciano foi canonizada pelo Papa Bento XIII. Em 1726.
Texto: Paulinas internet