«Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rom 11,29) – Beato João Paulo II (1920-2005), papa

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Dia 09 de agosto de 2013 – Santa Teresa Benedita da Cruz

 Na Diocese de Blumenau, Triênio Missionário – Ano da Missão com a Juventude

Evangelho segundo S. Mateus 25,1-13:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O Reino do Céu será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lamparinas, saíram ao encontro do noivo.
Ora, cinco delas eram insensatas e cinco prudentes.
As insensatas, ao tomarem as suas candeias, não levaram azeite consigo;
enquanto as prudentes, com as suas candeias, levaram azeite nas vasilhas.
Como o noivo demorava, começaram a dormitar e adormeceram.
A meio da noite, ouviu-se um brado: 'Aí vem o noivo, ide ao seu encontro!’
Todas aquelas virgens despertaram, então, e aprontaram as lamparinas.
As insensatas disseram às prudentes: 'Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lamparinas estão se apagando.’
Mas as prudentes responderam: 'Não, talvez não chegue para nós e para vós. Ide, antes, aos vendedores e comprai-o.’
Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o noivo; as que estavam prontas entraram com ele para a sala das núpcias, e fechou-se a porta.
Mais tarde, chegaram as outras virgens e disseram: 'Senhor, senhor, abre-nos a porta!’
Mas ele respondeu: 'Em verdade vos digo: Não vos conheço.’
Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.

 Comentário do dia
Beato João Paulo II (1920-2005), papa
Motu proprio «Spes aedificandi» (01/10/1999), § 9

«Os dons e o chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rom 11,29)

O encontro com o cristianismo não foi motivo para ela [Edith Stein] repudiar as suas raízes hebraicas; pelo contrário, ajudou-a a redescobri-las em plenitude. Isto, porém, não lhe poupou a incompreensão por parte dos familiares; sobretudo a desaprovação da própria mãe causou-lhe uma dor intensa. Na verdade, todo o seu caminho de perfeição cristã se distinguiu, não só pela solidariedade humana para com o seu povo de origem, mas também por uma verdadeira partilha espiritual da vocação dos filhos de Abraão, marcados pelo mistério do chamamento e dos «dons irrevogáveis» de Deus (cf. Rm 11, 29).

De modo particular, tornou próprio o sofrimento do povo judeu, na medida em que este aumentava naquela feroz perseguição nazista que permanece, juntamente com outras graves expressões do totalitarismo, uma das mais obscuras e vergonhosas manchas da Europa do nosso século. Sentiu então que, no extermínio sistemático dos judeus, a cruz de Cristo era carregada pelo seu povo, e assumiu-a na sua pessoa com a sua deportação e execução no tristemente célebre campo de Auschwitz-Birkenau.

Hoje, voltando-nos para Teresa Benedita da Cruz, reconhecemos no seu testemunho de vítima inocente, por um lado, a imitação do Cordeiro imaculado e o protesto erguido contra todas as violações dos direitos fundamentais da pessoa e, por outro, o penhor daquele renovado encontro de judeus e cristãos que, na linha anunciada pelo Concílio Vaticano II, está conhecendo uma prometedora fase de abertura recíproca. Declarar hoje Edith Stein co-Padroeira da Europa significa colocar no horizonte do Velho Continente um estandarte de respeito, de tolerância e de hospitalidade, que convida os homens e as mulheres a entenderem-se e a aceitarem-se para além das diferenças étnicas, culturais e religiosas, formando assim uma sociedade verdadeiramente fraterna.

Possa, portanto, crescer a Europa! Possa ela crescer como Europa do espírito, na esteira do melhor da sua história, que encontra na santidade a sua expressão mais elevada.

Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agosto, rezamos nas seguintes intenções:

Geral: Para que os pais e educadores ajudem as novas gerações a crescerem com uma consciência reta e uma vida coerente.
Missionária: Para que as Igrejas particulares do Continente africano, fiéis ao anúncio evangélico, promovam a construção da paz e da justiça.

 

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