«Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim» – São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja

Tags

Dia 16 de novembro de 2015 – Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum

15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana

 

Evangelho segundo S. Lucas 18,35-43.

Naquele tempo, quando Jesus Se aproximava de Jericó, estava um cego a pedir esmola, sentado à beira do caminho.

Quando ele ouviu passar a multidão, perguntou o que era aquilo.

Disseram-lhe que era Jesus Nazareno que passava.

Então ele começou a gritar: «Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim».

Os que vinham à frente repreendiam-no, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais: «Filho de Davi, tem piedade de mim».

Jesus parou e mandou que Lhe trouxessem o cego. Quando ele se aproximou, perguntou-lhe:

«Que queres que Eu te faça?». Ele respondeu-Lhe: «Senhor, que eu veja».

Disse-lhe Jesus: «Vê. A tua fé te salvou».

No mesmo instante ele recuperou a vista e seguiu Jesus, glorificando a Deus. Ao ver o sucedido, todo o povo deu louvores a Deus.

Comentário do dia
São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho de S. Mateus, n.º 66, 1

«Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim»

Olhemos bem para estes cegos de Jericó do Evangelho de S. Mateus: eles valem mais do que muitos dos que ali vêem claramente. Não tinham ninguém que os guiasse nem podiam ver Jesus a aproximar-Se. No entanto, esforçaram-se por chegar junto dele: puseram-se a gritar em altos brados; tentaram calá-los, mas eles gritavam com mais força ainda. Assim é uma alma enérgica: os que querem pará-la redobram-lhe o ímpeto.

Cristo permite que tentem calá-los para que o seu fervor melhor se revele e para te demonstrar que esses cegos eram merecidamente dignos de serem curados. É por isso que não lhes pergunta se têm fé, como tantas vezes fazia: os seus gritos e esforços para dele se aproximarem eram o bastante para mostrar a fé que tinham. Aprende com isto, meu querido amigo, que, apesar da nossa baixeza e miséria, se nos dirigirmos a Deus com todo o coração, poderemos obter aquilo que pedimos. Em todo o caso, olha bem para estes dois cegos: tinham apenas um discípulo para os proteger, muitos lhes impunham silêncio; e no entanto, conseguiram triunfar sobre todos os impedimentos e chegar junto de Jesus. O evangelista não lhes assinala uma qualidade de vida excepcional: o seu fervor tudo suplantou.

Imitemo-los, também nós. Mesmo que Deus não nos conceda logo aquilo que Lhe pedimos, mesmo que muitos procurem afastar-nos da oração, não cessemos de Lhe implorar. Porque é assim que melhor atrairemos os favores de Deus.

Para este mês de novembro, eis as intenções do Papa:

Universal: Diálogo com todos Para que nos abramos ao encontro pessoal e ao diálogo com todos, também com aqueles que pensam de modo diferente do nosso.

Pela Evangelização: Pastores da Igreja Para que os pastores da Igreja, com profundo amor ao seu rebanho, acompanhem o seu caminho e animem a sua esperança.

 

Leia também...