«Este é o meu Filho muito amado» – Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja

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Dia 06 de agosto de 2015 – Transfiguração do Senhor – Festa – Ano B

15º aniversário da Diocese de Blumenau – Ano da Missão Diocesana

Evangelho segundo S. Mateus 17,1-9:

Naquele tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e seu irmão João, e levou-os, só a eles, a um alto monte.
Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz.
Nisto, apareceram Moisés e Elias conversando com Ele.
Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: «Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias.»
Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra, e uma voz dizia da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.»
Ao ouvirem isto, os discípulos caíram com a face por terra, muito assustados.
Aproximando-se deles, Jesus tocou-lhes, dizendo: «Levantai-vos e não tenhais medo.»
Erguendo os olhos, os discípulos apenas viram Jesus e mais ninguém.
Enquanto desciam do monte, Jesus ordenou-lhes: «Não conteis a ninguém o que acabastes de ver, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.»

Comentário do dia
Santo Efrém (c. 306-373), diácono da Síria, doutor da Igreja
Opera Omnia, p. 41

«Este é o meu Filho muito amado»

Simão Pedro diz: «Senhor, é bom estarmos aqui.» Que dizes, Pedro? Se ficarmos aqui, quem realizará o que predisseram os profetas. Quem confirmará as palavras dos arautos? Quem levará a bom termo os mistérios dos justos? Se ficarmos aqui, a quem se referirão as palavras: «Trespassaram as minhas mãos e os meus pés»? A quem se aplicarão as afirmações: «Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica» (Sl 21,17.19; Jo 19,24)? Quem realizará o anúncio do salmo: «Deram-Me fel, em vez de comida, e vinagre, quando tive sede» (68,22; Mt 27,34; Jo 19,29)? Quem dará vida à expressão: «Estou abandonado entre os mortos» (Sl 87,6)? Como se consumarão as minhas promessas, como construiremos a Igreja?

E Pedro diz mais: façamos «aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias». Enviado para erigir a Igreja no mundo, Pedro quer levantar três tendas na montanha. Ainda não vê a Cristo senão como homem e classifica-O juntamente com Moisés e com Elias. Mas Jesus vai mostrar-lhe que não precisa de tenda nenhuma; que, durante quarenta anos, Ele próprio erguera para os Patriarcas no deserto uma tenda de nuvem (Ex 40,34).

«Ainda ele estava a falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra». Vês, Simão, esta tenda montada sem esforço? Ela afasta o calor sem impor as trevas, é uma tenda brilhante e resplandecente! Estando os discípulos surpreendidos, uma voz vinda do céu faz-Se ouvir da nuvem: «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-O.» […] Era o Pai ensinando aos discípulos que a missão de Moisés estava concluída e que, de então em diante, era ao Filho que deveriam escutar. Na montanha, o Pai revelou aos apóstolos aquilo que ainda lhes estava oculto: «Aquele que é» revelou «Aquele que é» (Ex 3,14), o Pai deu a conhecer o seu Filho.
Com o Papa e toda a Igreja, neste mês de agosto, vamos rezar nas seguintes intenções:
Universal: Voluntários ao serviço dos necessitados Para que aqueles que colaboram no campo do voluntariado se entreguem com generosidade ao serviço dos mais necessitados.
Pela Evangelização: Ir ao encontro dos marginalizados Para que, saindo de nós mesmos, saibamos fazer-nos próximos daqueles que se encontram nas periferias das relações humanas e sociais.

 

 

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