«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei» – São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja

Tags

Dia 19 de maio de 2017 – Sexta-feira da 5ª semana da Páscoa

No Brasil, Ano Mariano (2016 – 12.10 – 2017), instituído pela CNBB em comemoração do 300º aniversário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do Rio Paraíba, em São Paulo  – “Bem-aventurada é aquela que acreditou” (Lc 1,45)!

Evangelho segundo S. João 15,12-17:

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei.
Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos.
Vós sois meus amigos, se fizerdes o que Eu vos mando.
Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi do meu Pai.
Não fostes vós que Me escolhestes; fui Eu que vos escolhi e destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça. E assim, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo concederá.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros».

 

Comentário do dia
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre os evangelhos, n.º27; PL 76, 1204

«É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei»

 

Todas as palavras sagradas do Evangelho estão cheias de mandamentos do Senhor. Então, porque é que o Senhor diz que o amor é o seu mandamento? «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros». É que todos os mandamentos procedem exclusivamente do amor, todos os preceitos são apenas um, e assentam no fundamento único da caridade. Os ramos de uma árvore vêm da mesma raiz; de igual modo, todas as virtudes nascem exclusivamente da caridade. O ramo de uma boa obra não permanece verde quando esta se desliga da raiz da caridade. Os mandamentos do Senhor são pois múltiplos, e ao mesmo tempo são um só – múltiplos pela diversidade das suas obras, um na raiz do amor.

Como manter este amor? O próprio Senhor o dá a entender: na maior parte dos preceitos do Evangelho, ordena aos seus amigos que se amem nele, e amem os seus inimigos por causa dele. Aquele que ama o seu amigo em Deus e o seu inimigo por causa de Deus possui a verdadeira caridade.

Há homens que amam a sua família, mas só por causa dos sentimentos de afeto que nascem da ligação natural. […] As palavras sagradas do Evangelho não fazem nenhuma recriminação a esses homens. Mas o que se atribui espontaneamente à natureza é uma coisa, o que se deve pela obediência à caridade é outra. Os homens de que tenho estado a falar amam sem dúvida o seu próximo […], mas segundo a carne e não segundo o espírito. […] Ao dizer: «É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros», o Senhor acrescentou imediatamente: «como Eu vos amei». Estas palavras significam claramente: «Amai pela mesma razão por que Eu vos tenho amado».

Neste mês de maio, com o Papa e toda a Igreja, rezemos nas seguintes intenções:
Pela Evangelização: Pelos cristãos em África, para que deem um testemunho profético de reconciliação, de justiça e de paz, à imagem de Jesus Misericordioso.

Leia também...