«Deus, cria em mim um coração puro» (Sl 51,12) – São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo

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CRP CRICIÚMA 044b

Dia 11 de fevereiro de 2015 – Quarta-feira da 5ª semana do Tempo Comum

Na Diocese de Blumenau, 15º aniversário de criação da Diocese– Ano da Missão Diocesana

Evangelho segundo S. Marcos 7,14-23:

Naquele tempo, Jesus chamou de novo para junto de Si a multidão e disse-lhes: «Ouvi-me todos e procurai entender.
Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro.
Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.»
Quando, ao deixar a multidão, regressou para casa, os discípulos interrogaram-no acerca da parábola.
Ele respondeu: «Também vós não compreendeis? Não percebeis que nada do que, de fora, entra no homem o pode tornar impuro,
porque não penetra no coração mas sim no ventre, e depois é expelido em lugar próprio?» Assim, declarava puros todos os alimentos.
E disse: «O que sai do homem, isso é que torna o homem impuro.
Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios,
adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios.
Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.»

Comentário do dia
São Gregório de Nissa (c. 335-395), monge, bispo
Homilia 6 sobre as Beatitudes; PG 44, 1269

«Deus, cria em mim um coração puro» (Sl 51,12)

Se, fazendo um esforço de vida perfeita, limpares as escórias do teu coração, a bondade divina brilhará de novo em ti. É o que acontece com um pedaço de metal quando a pedra de amolar lhe tira a ferrugem: anteriormente, estava enegrecido, mas depois brilha ao sol. Do mesmo modo, o homem interior, a que o Senhor chama «o coração», quando estiver limpo das manchas de ferrugem que alteravam e deterioravam a sua beleza, encontrará a semelhança do seu modelo (Gn 1,27) e será bom. Porque o que se torna semelhante à bondade é necessariamente bom. […]

E assim, aquele que tem o coração puro torna-se feliz (Mt 5,8) porque, ao redescobrir a sua pureza, descobre também, através desta imagem, a sua origem. Aqueles que vêem o sol num espelho, mesmo que não fixem o céu, vêem o sol na luz do espelho tão bem como se olhassem diretamente para o disco solar. Também vós, que sois demasiado fracos para captar a luz, se vos voltardes para a graça da imagem colocada em vós desde o início, encontrareis em vós mesmos o que procurais.

Com efeito, a pureza, a paz da alma, o afastamento de todo o mal é a divindade. Se possuíres tudo isto, certamente possuis a Deus. Se o teu coração estiver afastado de todo o mau comportamento, livre de toda a paixão, puro de toda a sujeira, serás feliz porque o teu olhar será claro.
Neste mês de fevereiro, com o Papa e o povo de Deus, rezemos nas seguintes intenções:

Universal: Dignidade dos reclusos
Para que os reclusos, especialmente os jovens, tenham a possibilidade de reconstruir a sua vida com dignidade.

Pela Evangelização: Casais separados
Para que os casais que se separaram encontrem acolhimento e apoio na comunidade cristã.

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