Leituras Bíblicas
Dia 18 de dezembro de 2009
Sexta-feira da 3a semana do Advento
“Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna” (Jo 6,68)!
A Igreja celebra hoje São Graciano (249-301) – Leia sua vida clicando: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/santo.aspx?Dia=18&Mes=12&SantoID=532
Livro de Jeremias (23,5-8)
Dias virão em que farei brotar de Davi um rebento justo que será rei, governará com sabedoria e exercerá no país o direito e a justiça – oráculo do Senhor. Nos seus dias, Judá será salvo e Israel viverá em segurança. Então será este o seu nome: ‘O Senhor – é – nossa – Justiça!’
Por isso, eis que chegarão dias – oráculo do Senhor – em que já não dirão: ‘Viva o Senhor que tirou do Egito os filhos de Israel’; mas sim: ‘Viva o Senhor que tirou e reconduziu a linhagem de Israel do país do Norte e de todos os países, para onde os dispersara, e os fez habitar na sua própria terra’.»
Livro de Salmos (72,2.12-13.18-19)
Para que julgue o teu povo com justiça e os teus pobres com equidade.
Ele socorrerá o pobre que o invoca e o indigente que não tem quem o ajude.
Terá compaixão do humilde e do pobre e salvará a vida dos oprimidos.
Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, o único que realiza maravilhas.
Bendito seja para sempre o seu nome glorioso e a terra inteira se encha da sua glória! Amém! Amém!
Evangelho segundo S. Mateus (1,18-24)
Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.»
Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco.
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa.
Comentário ao Evangelho do dia feito por
João Paulo II
Carta apostólica «Redemptoris Custos», §§ 25-27 (trad. © copyright Libreria Editrice Vaticana)
Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor
O clima de silêncio que acompanha tudo o que se refere à figura de José estende-se também ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré. É um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura. Os evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas «ações», envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava quotidianamente em contato com o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a sua morada» sob o teto da sua casa (Col 1,26; Jo 1,14). […]
Uma vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor «filial» de Jesus e, reciprocamente, o amor «filial» de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? As almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino vêem com muita razão em José um exemplo luminoso de vida interior. Mais ainda, a aparente tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade e as exigências do amor, podemos dizer que José experimentou, quer o amor da verdade, ou seja, o puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer as exigências do amor, isto é, o amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade.