Salvador, BA, quinta-feira, 26 de agosto de 2010 (ALC) – A Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) aplaudiu a liberdade concedida pela justiça ao cacique Babau e seus irmãos Givaldo e Glicéria, no último dia 16. Os líderes do povo Tupinambá foram injustamente presos em em Buerarema, sul da Bahia, por lutar pelo direito ao território.
Babau, que é cacique da aldeia Tupinambá Serra do Padeiro, e seus irmãos puderam voltar para casa, fato que alegrou os envolvidos na campanha “Solidariedade ao Povo Tupinambá – Liberdade ao Cacique Babau”.
Para a CESE, esta é uma vitória coletiva dos movimentos sociais e da sociedade civil, que se empenharam na luta política promovida pelo Conselho Indigenista Missionário (CIMI).
Em maio, a CESE publicou em seu boletim pedido para que pessoas se unissem na luta contra a criminalização da defesa do território indígena. As mensagens enviadas por uma rede de participantes aos desembargadores do Tribunal Regional Federal (TRF), bem como as manifestações e os atos de solidariedade, foram fundamentais para esse desfecho.
“O medo de manifestação pacífica e de cidadania ativa não pode justificar nenhuma ação policial sem comunicado formal”, defendeu a CESE. Segundo o organismo ecumênico, “essas prisões só reforçam o processo de criminalização e tentativa de desqualificação da ação dos indígenas na defesa dos seus direitos”.
Por acreditar na reconquista da terra como luta legítima e fundamental para que as populações tradicionais, quilombolas e indígenas tenham soberania e vivam em paz a CESE reforçou, “mais uma vez, a importância do respeito e da preservação dos seus modos de vida específicos”.