Bom dia! Evangelho de 09 de abril de 2022: «É melhor para nós morrer um só homem pelo povo» – São Bernardo (1091-1153) monge cisterciense, doutor da Igreja Sermão 28 sobre o Cântico dos Cânticos

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Crédito: Pastoral Carcerária
Crédito: Pastoral Carcerária

 

Sábado da 5ª Semana da Quaresma
9 de Abril de 2022
Cor: Roxo

Evangelho – Jo 11,45-56
E também para reunir na unidade
os filhos de Deus dispersos.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 11,45-56:
Naquele tempo:
45 Muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria
e viram o que Jesus fizera, creram nele.
46 Alguns, porém, foram ter com os fariseus
e contaram o que Jesus tinha feito.
47 Então os sumos sacerdotes e os fariseus
reuniram o Conselho e disseram:
‘O que faremos?
Este homem realiza muitos sinais.
48 Se deixamos que ele continue assim,
todos vão acreditar nele,
e virão os romanos
e destruirão o nosso Lugar Santo e a nossa nação.’
49 Um deles, chamado Caifás,
sumo sacerdote em função naquele ano, disse:
‘Vós não entendeis nada.
50 Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo
do que perecer a nação inteira?’
51 Caifás não falou isso por si mesmo.
Sendo sumo sacerdote em função naquele ano,
profetizou que Jesus iria morrer pela nação.
52 E não só pela nação,
mas também para reunir os filhos de Deus dispersos.
53 A partir desse dia, as autoridades
judaicas tomaram a decisão de matar Jesus.
54 Por isso,
Jesus não andava mais em público no meio dos judeus.
Retirou-se para uma região perto do deserto,
para a cidade chamada Efraim.
Ali permaneceu com os seus discípulos.
55 A Páscoa dos judeus estava próxima.
Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém
para se purificar antes da Páscoa.
56 Procuravam Jesus
e, ao reunirem-se no Templo, comentavam entre si:
‘O que vos parece?
Será que ele não vem para a festa?’
Palavra da Salvação.

 

Comentário do dia 

São Bernardo (1091-1153)
monge cisterciense, doutor da Igreja
Sermão 28 sobre o Cântico dos Cânticos

«É melhor para nós morrer um só homem pelo povo»

 

A fim de branquear a multidão, um só Se deixou escurecer […], porque «é melhor morrer um só homem pelo povo», diz a Escritura. É bom que um só seja condenado «em carne semelhante à do pecado» (Rom 8,3), para que a raça não seja toda condenada pelo pecado. O esplendor da essência divina esconde-Se sob a forma de escravo para salvar a vida do escravo. O brilho da vida eterna esbate-se na carne para purificar a carne. Para iluminar os filhos dos homens, o mais belo dos filhos dos homens (cf Sl 44,3) obscurece-Se na sua Paixão, aceita a vergonha da cruz. Exangue na morte, perde a beleza e a honra, para adquirir a sua Igreja gloriosa, esposa sem mancha nem ruga (cf Ef 5,27).

Mas, sob esta tenda negra (cf Ct 1,5) […], eu reconheço o rei. […] Reconheço-O e beijo-O. Vejo a sua glória, que está no interior; adivinho o brilho da sua divindade, a beleza da sua força, o esplendor da sua graça, a pureza da sua inocência. Cobre-O a cor miserável da enfermidade humana; a sua face está como que oculta, agora que, para Se parecer connosco, Ele passou por provações como nós, mas não pecou. Reconheço também a forma da nossa natureza impura, reconheço esta túnica de pele, a veste dos nossos primeiros pais (cf Gn 3,21).

O meu Deus vestiu-Se com ela, tomando a forma do escravo, tornando-Se semelhante aos homens (cf Fil 2,7) e vestindo-Se como eles. Sob essa pele de cabrito, sinal do pecado com que Jacob se cobriu (cf Gn 27,16), reconheço a mão que não pecou, a nuca que jamais se curvou sob o domínio do mal. Eu sei, Senhor, que és por natureza manso e humilde de coração (cf Mt 11,29), acessível, pacífico, sorridente, Tu que foste «ungido com óleo de alegria, mais do que os teus iguais» (Sl 44,8). De onde Te vem então essa rude semelhança com Esaú, essa horrível aparência do pecado? Ah, é a minha! […] Reconheço o meu bem e, debaixo da minha face, vejo o meu Deus e o meu Salvador.

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Rezemos para que o compromisso do pessoal de saúde na assistência às pessoas doentes e aos idosos, sobretudo nos países pobres, seja apoiado pelos governos e pelas comunidades locais.

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