Atenção: Nota de falecimento – Morre Frei Hugolino Bach

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Conhecido mundialmente pela cura através da imposição de mãos, o Frei nos deixa aos 84 anos de idade

Noticiamos com pesar o falecimento do Frei Hugolino Bach, aos 84 anos, ocorrida às 14h de hoje. Ele estava internado no Hospital de Caridade, em Florianópolis, há uma semana, foi submetido a uma cirurgia e não resistiu. A missa de corpo presente será realizada nesta quarta-feira, às 14h, na Igreja Matriz da Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz.

Conhecido pela técnica da cura pela Imposição das Mãos, Frei Hugolino recebia pessoas do mundo inteiro na modesta “Capela do Conventinho”. Eram centenas de pessoas, muitas vezes mais de 300, que diariamente o procuravam para o atendimento. E nenhuma delas sai sem receber a sua atenção.

Todo o trabalho era realizado gratuitamente, mas aceitava colaborações para a manutenção do espaço e pagamento do salário dos funcionários. No início, recebia o auxílio do seu primo Frei Gervásio Perardt, atualmente contava com o auxílio do Frei Luiz Toigo.

Ele descobriu que estava com câncer há oito meses e iniciou tratamento. Mesmo doente continuava atendendo. Há uma semana foi internado no Hospital de Caridade. Mesmo internado, não deixava de atender todos os que o procuravam. “Costumava dizer, que mesmo que estivesse em cadeira de rodas, atenderia a todos que o procurassem”, disse Vera Lucia Faria, que trabalhava com ele há 16 anos.

Mais informações pelo fone (48) 3245-1116, na Igreja Matriz da Paróquia de Santo Amaro da Imperatriz, ou pelo fone (48) 3245-1104, na Capela do Conventinho.

Acompanhei abaixo a entrevista que ele concedeu ao Jornal da Arquidiocese de Florianópolis e foi publicada na edição número 82, em agosto de 2003.

A cura pela imposição das mãos

A Paróquia de Santo Amaro, em Santo Amaro da Imperatriz estará celebrando no dia 10 de agosto, às 10h, o jubileu de 60 anos de vida religiosa do Frei Hugolino Bach. Conhecido pelo poder de cura através da imposição das mãos, o Frei chega a receber uma média de 200 pessoas por dia, no conventinho ao lado da Igreja Matriz, onde mantém seu consultório. São pessoas que vêm de todos os cantos do Brasil e do mundo em busca da cura para os seus males.

Frei Hugolino começou sua vida religiosa ainda cedo. Natural de Angelina, aos 17 anos de idade decidiu seguir a vida religiosa. Foi para Rio Negro, no Paraná, e recebeu o hábito. O interesse para a Parapsicologia só surgiu bem mais tarde. Em 1978, foi convidado pelo Monsenhor Arlindo Monbach, que na época trabalhava em Blumenau, a fazer o curso. “Já estava velho, me preparando para morrer. Fiz o curso para poder me curar”, disse.

A partir de então, o Frei passou a receber os fiéis que procuravam a sua ajuda para serem curados. Inicialmente atendia nos conventos da Ordem Fraciscana, onde morava, mas logo, pela quantidade de pessoas que o procuravam e que alteravam a vida do convento, teve que buscar um lugar onde pudesse fazer o seu trabalho. Foi assim que, há 17 anos, se estabeleceu no conventinho, ao lado da Igreja Matriz de Santo Amaro.

Entre um atendimento e outro, Frei Hugolino concedeu, dia 24/07, a entrevista que segue. Nesse dia, atendeu 380 pessoas, a maioria vinda em quatro ônibus de excursão.

Jornal da Arquidiocese – Em que consiste a cura pela imposição das mãos?

Frei Hugolino Bach – A imposição das mãos é desenvolvida através de treino. Jesus já dizia para os apóstolos curarem os doentes impondo-lhes as mãos. São Mateus diz que o poder de cura foi dado para todos que evangelizam e São Marcos diz que esse poder foi dado para todos os que crêem. É um dom que todos temos, uns mais desenvolvido, outros menos. Quanto mais se pratica, mais forte fica o poder.

JA – Que tipo de curas a imposição de mãos pode fazer?

Frei – Todo tipo. Desde uma dor de estômago até o câncer, em três sessões a pessoa fica boa. Tenho vários casos de pessoas que foram curadas de todos os tipos de males. Certa vez, foi curado aqui um médico com câncer de próstata; sua esposa, também médica, de câncer de mama; e a filha do casal, com arteriosclerose múltipla, e que já estava de cama. Há muitos outros casos. Por exemplo, a depressão. As pessoas gastam muito dinheiro com medicamentos para se curarem. Mas a depressão é causada pela falta de energia. Em três sessões impondo as mãos, injeto energia na pessoa, o cérebro começa a funcionar melhor e a produzir mais energia, e a depressão se vai.

JA – Pe. Quevedo é o expoente mais conhecido da parapsicologia…

Frei – Não concordo com ele. Pe. Quevedo fala dessas forças, mas condena tudo. Em vez de ensinar a impor as mãos, critica e zomba. O trabalho dele não acrescenta nada na vida das pessoas, só destrói o que alguns fazem.

JA – O que o senhor acha daqueles que se valem da crença das pessoas para enganá-las?

Frei – Acho errado. Mas enquanto se usam os verdadeiros dons para curar, não importa quem for e a que religião pertença, está tudo certo. Mesmo que seja um Chico Xavier, que acreditam ser um santo apesar de ser espírita. O importante é usar esses poderes para o bem, para curar.

JA – O seu trabalho não pode ser confundido com um milagre?

Frei – Claro, são milagres. Deus os faz pelas mãos de qualquer pessoa. São forças que ele nos dá. Quem cura é Deus. Eu não curo ninguém. Mas se as pessoas acreditam nisso e ficam curadas, é isso que importa.

JA – Não teme que as pessoas possam considerá-lo como um santo?

Frei – Podem, mas não tem problema. Se as pessoas estão rezando por mim e sendo curadas, isso é que vale. Rezo nas intenções de que todas as orações voltadas a mim, sejam direcionadas a Maria Santíssima. Aí fico tranqüilo. Quanto mais as pessoas estiverem rezando e forem atendidas, melhor.

JA – O que o senhor diz para aqueles que não o procuram por não crerem?

Frei – Azar deles. Ninguém é forçado. Mas são muitas as pessoas curadas.


 Um abraço,
 Zulmar Faustino
 jornalista da Arquidiocese de Florianópolis
 (48) 8405-6578

 

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